O império contra-ataca

09/07/2021 às 19:28.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:22

Em 2018, a eleição de Romeu Zema para o governo de Minas representou uma nova esperança para os mineiros. Livre de rabos presos e fora da polarização que há muito imobilizava nossa política, era a esperança de um governo com coragem e liberdade para recuperar um Estado falido e prejudicado na qualidade do serviço prestado ao cidadão.

Logo de partida, a esperança se converteu em resultados. Enxugou quase pela metade o número de secretarias e reduziu mais de 40 mil cargos, diminuindo o peso da máquina. Quitou dívidas da saúde, retomou os repasses às prefeituras e fez um acordo para pagar a dívida bilionária deixada pelo governo anterior, tirando nossos municípios da penúria. Fez uma corajosa reforma da previdência, impopular, mas absolutamente necessária. Promoveu corte de burocracias, que resultou em mais de R$120 bi em novos investimentos e na segunda maior geração de empregos do país. Conquistou o maior salto de qualidade da educação no ensino médio da história de Minas e os melhores indicadores de segurança dos últimos vinte anos.

Romeu Zema se tornou o governador com os melhores índices de aprovação do país. Com a aproximação das eleições, o império passou a contra-atacar. Como um Darth Vader sufocando à distância e sem deixar digitais, a Assembleia aprovou regra que impediu que ela própria, o TJMG e o Ministério Público tivessem que apertar o cinto junto com o resto do Estado no combate à pandemia, está há quatro meses sem sequer discutir o acordo com a Vale que liberará R$11 bi para investimentos em Minas, e há um ano sem tramitar a necessária Reforma do Estatuto dos Servidores. Está em vias de aprovar projeto que impedirá o inovador sistema de parcerias com a iniciativa privada para melhoria da educação e da saúde e em vias de revogar o Decreto do governador que quebrou o monopólio dos grandes empresários de ônibus.

Por sua vez, o Tribunal de Contas, órgão auxiliar da ALMG e composto majoritariamente por antigos deputados, travou a operação que ajudaria a colocar o salário dos servidores em dia e agora está tentando impedir a venda das participações das estatais mineiras em outras empresas, o que fará com que bilhões deixem de ingressar nos cofres do Estado nesse momento tão delicado e necessário.

Em minoria no parlamento, a base de governo está mais impotente que Ewoks para barrar os planos do império e concluo, cada dia mais, que o Jedi que pode pender novamente a balança em favor do crescimento de Minas é só o povo nas ruas ou nas urnas. Será terrível para o Estado ter que esperar tanto tempo.

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