Uma agenda para Minas Gerais

01/02/2021 às 10:52.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:04

Semana passada escrevi sobre a importância da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que acontece hoje, e como é fundamental que a definição do melhor candidato passe por um debate sobre as matérias que cada um pretende colocar em pauta caso seja eleito. Mais do que escolha de lados, nosso país precisa de reformas para voltar a crescer de forma acelerada e sustentável. 

Em Minas, a eleição para a presidência do Legislativo ocorreu no final do ano passado. O deputado Agostinho Patrus foi reeleito para o cargo. O que temos hoje é a posse da nova Mesa Diretora da Assembleia e o reinício dos trabalhos após o recesso de fim de ano. 

Aqui não vivemos um momento de escolha, mas é igualmente importante que aqui também discutamos matérias e projetos para a pauta dos próximos dois anos. Vejo como essenciais para Minas que sejam pautadas e aprovadas as privatizações, em especial a da Codemig, e a Reforma Administrativa. 

Cheguei a conversar com o presidente Agostinho Patrus sobre a necessidade de pautarmos a privatização da Codemig. A importância dela é evidente e matemática. A Codemig é uma estatal que não presta serviço nenhum para os mineiros, e sua única utilidade é receber royalties da exploração de nióbio pela Comipa. Os royalties totalizam cerca de R$1 bi por ano. A privatização da Codemig poderá trazer aos cofres do Estado mais de R$30 bi. Se usarmos todo esse montante unicamente para quitar parte de nossa dívida com a União a conta já fica favorável, pois isso levaria a uma redução de aproximadamente R$3 bi dos juros que devemos anualmente para o governo federal. Restaria um saldo positivo de R$2 bi anuais para Minas. Se aplicarmos parte do montante em projetos de infraestrutura, educação e saúde, os dividendos podem ser ainda melhores, pois além do ganho financeiro haveria também um ganho social para nossa população. 

Sobre a Reforma Administrativa não conversamos, mas confio que ele terá a percepção da importância dela para Minas. A Reforma Administrativa é necessária para combater supersalários, privilégios e distorções que prejudicam a eficiência do serviço público e tiram o foco da qualidade do que é oferecido ao cidadão. 

São pautas difíceis. Apesar de claramente positivas para Minas e os mineiros, serão objeto de intensa resistência por aqueles que se beneficiam de como as coisas são hoje. E esses grupos são organizados e sabem pressionar. Será necessário coragem, seja do presidente para pautar, seja dos deputados para votar. Aguardo ansiosamente pela oportunidade de votar o meu SIM para ambos os projetos.

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