Uma das maiores dificuldades que existem para a gestão de qualquer organização é a chamada assimetria de informação. Muitas vezes as pessoas que estão no centro e têm a responsabilidade de tomar as decisões não são as mesmas que vivem os problemas no dia a dia. Se a informação não chega da ponta para o centro a decisão fica imprecisa e a chance de errar aumenta. Até mesmo um campeão de tiro ao alvo vai errar mais do que acertar se tiver que atirar no escuro.
A assimetria de informação acontece nas empresas, nas associações e às vezes até nas famílias. Quanto maior a organização, maior a assimetria de informação, e não há em Minas Gerais organização maior do que o Governo, com seus serviços espalhados em diversas áreas cobrindo 853 municípios e seus milhares de servidores.
Corrigir a assimetria de informação é difícil e custa caro. Imagine quantos servidores seriam necessários para estar em todas as unidades do serviço público, em todos os municípios, preenchendo relatórios para a administração central? Quantos outros seriam necessários para ler, organizar e interpretar esses relatórios? Agora lembre que o Estado está quebrado e com mais de R$28 bi de dívidas não pagas da administração anterior...
Para nosso bem, o governo não está sozinho na tarefa de colher informações e tomar as decisões que farão Minas voltar a crescer. Na Assembleia há representantes de todas as regiões que os cidadãos naturalmente procuram para reportar problemas. Ao reunirem essas informações e as apresentarem para o governo, deputados permitem que problemas antes desconhecidos venham à luz e possam ser resolvidos, melhorando a vida das pessoas.
Parlamentares possuem diferentes experiências, conhecimentos e visões de mundo, que, diante dos problemas, podem colaborar com soluções antes não percebidas ou imaginadas pelo governo. Ao apresentarem ideias, fazem com que as decisões sejam melhores.
Essa parceria está acontecendo nesse exato momento na tramitação da Reforma Administrativa. Governo encaminhou projeto em fevereiro e a Assembleia já apresentou mais de 250 propostas de emendas. Onde alguns veem impasse ou falta de diálogo, vejo colaboração com informações e busca de melhores soluções. Vejo parceria e futuro. A Reforma deve ser votada essa semana e será o primeiro grande resultado da parceria entre governo e Assembleia. Que ela se mantenha, se aprofunde e se repita. Os desafios que Minas tem pela frente são enormes e estamos todos no mesmo barco.