Anel Rodoviário, um filho sem pai

18/08/2017 às 15:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:09

Como nasci e fui criado no Bairro Novo das Indústrias, região do Barreiro, cresci presenciando acidentes no Anel Rodoviário. Hoje, anos mais tarde, apesar de tantos avanços tecnológicos, as notícias não mudam. Cada vez que passamos pelo Anel sentimos o clima de insegurança e o medo de novas tragédias.

Construída há quase 50 anos, a via não passou sequer por uma grande obra frente ao grande aumento do fluxo de veículos, cerca de 160 mil por dia, e do tráfego intenso de caminhões e, pasmem, não há no contrato de concessão com a Via 040 previsão de obras até o ano de 2044!

Em oito meses de mandato, entre outras ações, assumi uma briga muito séria: lutar pela redução de acidentes no Anel Rodoviário. Fiz visitas técnicas, me reuni com a Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional dos Transportes Terrestres, a ANTT, Via 040 e, na última quinta-feira, realizei uma Audiência Pública para tratar o caso. Apesar de já ter ouvido que solução para o Anel é impossível e que isso é perda de tempo, não me canso de lutar e até sugeri a criação de áreas de escape que existem em Santa Catarina, São Paulo e em vários países do mundo e têm reduzido os índices de acidentes. É preciso disposição para sair do lugar comum, não se acomodar e ter criatividade para agir diferente na busca por soluções até então impensadas.

Na sexta, 18, mais um acidente com morte e inúmeros prejuízos. Sabemos que a solução mais eficiente seria a construção do rodoanel, mas frente à situação econômica do país, isso está ainda mais distante de acontecer. Por outro lado, percebi que talvez o que falte seja vontade política para fazer valer ações pequenas que podem minimizar pelo menos o índice de acidentes com mortes e feridos. Mas é difícil achar um órgão, uma autoridade que assuma a criação desse “filho feio” que se chama Anel Rodoviário.

Sonho e trabalharei com todas as minhas forças para que vivamos num tempo em que acidentes com mortes no Anel não aconteçam mais. Para isso, continuarei buscando soluções, sugerindo ações e fiscalizando os órgãos competentes. #AcordaBH

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