As escolas deveriam adotar banheiros de gênero neutro?

24/11/2021 às 18:27.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:19

Vivemos em um tempo de relativismos. Não há mais consenso sobre a verdade, moral, padrões e até mesmo questões antes nunca discutidas. A biologia, a genética, nem a língua portuguesa escapam mais dos relativismos.

Já falei sobre o pronome neutro e agora vamos falar sobre os banheiros. Até mesmo alguns homossexuais se assustam com a quantidade de novos gêneros que surgem a cada dia. Fui fazer uma inscrição e no campo que outrora havia apenas a opção masculino e feminino é atualizada a todo momento: ausência de atração, atração fluida, aporagênero, assexuais, pansexuais, alt, âmicus, bi, bifluxo, cas, não binário, duo, fem, demi, Drake, eco, gay, gray, homoflexível, lésbica, nãofem, nãoneutro, trans, etc!

O calcanhar de Aquiles de tanta diversidade passou a ser o banheiro. Até então separado entre masculino e feminino, o banheiro unissex, inclusivo ou neutro passou a ser adotado em vários locais e os transtornos começaram.

Vamos por partes. Primeiro, banheiros unissex sempre existiram quando, por exemplo, no estabelecimento não há estrutura para banheiros separados. Porém é consenso que esse não é o ideal, uma vez que principalmente mulheres não se sentem à vontade em compartilhar banheiros com homens até mesmo por uma questão de higiene.

Segundo, banheiros neutros não são inclusivos. Não vejo por parte dos militantes a mesma preocupação em lutar por banheiros acessíveis a cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e deficientes visuais, por exemplo.

Terceiro, locais onde esses tipos de banheiros foram adotados têm dado problemas. Algumas meninas estão se arriscando a contrair infecções ao se recusarem a urinar o dia todo. Outras têm tanto medo que pararam de beber líquidos na escola.

Uma escola de ensino médio em Wisconsin (EUA) fechou seu banheiro de gênero neutro depois que um estudante de 18 anos foi preso por agressão sexual, outro por expor seus órgãos genitais a uma criança dentro da instalação. O abusador se identificou como um menino trans.

Esses banheiros ganham espaço em estabelecimentos privados e em universidades, mas o problema se torna ainda mais grave quando a ideia começa a ser ventilada em creches e escola de ensino infantil.

Aqui em BH, pais de alunos organizaram protestos depois que se tornou público o caso de um aluno de educação infantil que urinou na calça por sentir-se constrangido em ter de dividir o banheiro com meninas. As placas que sinalizavam masculino e feminino nos banheiros da escola haviam sido retiradas.

Além de todos esses problemas, o banheiro neutro voltado para crianças reforça a ideia de que não há gêneros biológicos e que a opção sexual é uma escolha ou uma construção social. O que a militância quer na verdade é estimular nossas crianças a questionarem sua identidade e isso é gravíssimo.

Como vereador, respeito as diferenças e a diversidade, porém resisto a esses novos conceitos de verdade, principalmente quando se voltam para nossas crianças. Votei e sempre votarei contrário a todo tipo de ideologia de gênero.

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