Mães viúvas, divorciadas e solteiras

29/06/2018 às 19:36.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:06


Na coluna de hoje gostaria de abordar um tema pouco falado. Segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil 57,3 milhões de lares são chefiados por mulheres, isto representa 38,7% das casas. Apesar de atualmente ser uma situação comum ser uma mãe que também é “provedora”, ainda é um grande desafio mesmo em pleno século XXI.

O que entristece é que cada uma dessas mulheres têm uma história, que em grande parte é acompanhada de muito sacrifício, sofrimento e falta de apoio, inclusive da própria família. A falta de compreensão social e o preconceito muitas vezes vêm de lugares onde estas guerreiras deveriam ser acolhidas e, ao buscar apoio, encontram mais solidão. No caso das mães solteiras a situação ainda é pior, pois são preteridas até mesmo ao concorrer à vagas de emprego.
Em Êxodo 22:16, diz: “se alguém seduzir uma virgem ainda não comprometida e deitar-se com ela, terá que pagar, além do dote, torná-la também sua mulher.”

O versículo tem milhares de anos e as relações modernas tomaram outros rumos e conceitos para a sexualidade, mas maternidade e família são coisa séria. O versículo acima fala da responsabilidade e da penalidade, visando desencorajar comportamentos negligentes e irresponsáveis pelo simples prazer. Mas estamos falando de família, filhos, obrigações e dedicação a tudo isto, onde o homem se separa, mas é a mulher quem arca, na grande maioria das vezes, com a educação e a criação dos filhos.

Como advogado sempre procurei defender os direitos daqueles que me procuram e sei que criar filhos sozinho (a), bem como prepará-los para o futuro, é uma das maiores dificuldade que um pai ou mãe enfrenta ao estar “solteiro (a)”, pois tem que desempenhar dois papéis. 

Portanto, gostaria de utilizar o espaço na coluna de hoje para ressaltar que vocês que criam filhos sozinhos (as) merecem mais que respeito, merecem também nossos aplausos. Assumir a criação de uma família estando só é se doar de coração. Não é feio ser “mãe solteira”, feio é ter uma mente pequena e fazer julgamentos sem saber a luta e dedicação diária dessas guerreiras (os). Preconceito é julgar o todo utilizando apenas um detalhe para isto. Antes de julgar procure conhecer e ver o ser humano que ali está. Pelo direito de ser entendido e acolhido. #AcordaBH

Ser “mãe solteira” não é vergonhoso, vergonhoso é deixar de ser mãe - Frase de Julian Marmoru Iwasaki.


 

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