O impacto do "fique em casa" na economia

03/12/2021 às 19:42.
Atualizado em 08/12/2021 às 01:12

Durante a pandemia, os defensores dos rigorosos lockdowns cunharam o jargão “fique em casa, a economia a gente vê depois”. Parece que o depois chegou! A pandemia do coronavírus derrubou a economia global em 2020 e o Brasil não ficou isento ao abalo provocado pelas restrições impostas à atividade econômica, pela queda na renda das famílias e pelos adiamentos de investimentos e projetos empresariais e pessoais.

A necessidade de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 fez os principais setores da economia entrarem em declínio. As principais medidas de resgate tomadas pelo governo federal durante a crise focaram no incentivo ao consumo. Além do Auxílio Emergencial, que injetou mais de R$ 300 bilhões na economia, houve a permissão de saque do FGTS emergencial, que tentou recompor as perdas de renda da população com a pandemia.

Esse impacto da pandemia não é exclusividade do Brasil. 2020 ficará marcado como um ano economicamente sombrio para muitos países, com grandes colapsos. Para 2022, embora seja esperado que as pressões sobre os preços recuem na maioria dos países, as perspectivas de inflação são bastante incertas e continuam em alta. Os resultados negativos sobre a economia, emprego e renda tem sido pior nos países e estados que mantiveram setores totalmente paralisados.

Grandes empresas como H&M, Danone, Nokia, Jaguar, Heineken, Siemens Energy, Commerzbank, Sanofi, Fedex e Michelin anunciaram milhares de cortes de empregos no início deste ano. Nas ruas de BH, por exemplo, é enorme o número de lojas e estabelecimentos fechados. Nos países mais carentes, a pobreza está explodindo, por outro lado, o ranking anual da revista Forbes incluiu 660 novos bilionários pelo mundo, atingindo um nível recorde.

Por aqui, a pandemia acentuou ainda mais a polaridade. O povo tem agonizado no meio de uma guerra política. De um lado os que defendem as medidas restritivas intensas esquecem que a economia também é de extrema importância, do outro, alguns ignoram a doença pensando apenas nos negócios. O desafio é o equilíbrio. 

Como cidadão, advogado e vereador da nossa cidade intentei de diversas formas amenizar os danos causados pela pandemia. Estive inúmeras vezes na Prefeitura de Belo Horizonte procurando o diálogo com o Prefeito, com Secretários e técnicos, ouvi a população, comerciantes e líderes religiosos a fim de buscar juntos os meios possíveis para o equilíbrio entre economia e saúde.

Agora precisamos manter a fé, a esperança e o trabalho. Nós, brasileiros, somos conhecidos pela resiliência e acredito que juntos vamos vencer a pandemia e todas as suas consequências. 

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