Um lapso na educação

19/11/2021 às 19:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:17

Lapso. Uma pequena palavra que tem como um dos seus significados: cessação do desenvolvimento ou funcionamento normal de; falta. Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, um número expressivo de escolas no mundo todo teve suas atividades presenciais suspensas.

As previsões para educação em 2022 são motivo de análise e reflexões para os estudiosos da área. Isso porque os impactos gerados pela pandemia ainda interferem no cotidiano das escolas e geram desafios grandiosos para pais, professores, diretores e equipes pedagógicas.

No Brasil, 81,9% dos alunos da Educação Básica deixaram de frequentar as instituições de ensino. São cerca de 39 milhões de pessoas. No mundo, esse total soma 64,5% dos estudantes, o que, em números absolutos, representa mais de 1,2 bilhão de pessoas, segundo dados da Unesco.

O caos na educação ainda reflete na saúde. De acordo com estudo realizado pela Fundação Carlos Chagas, na avaliação acerca da possível ansiedade/depressão de seus alunos, 53,8% dos professores consideraram que aumentou.

Na comparação entre as escolas públicas e particulares as desigualdades começam a aparecer. No ensino privado, 70,9% das escolas ficaram fechadas no ano passado. O número é consideravelmente menor que o da rede pública: 98,4% das escolas federais, 97,5% das municipais e 85,9% das estaduais. Segundo o Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Brasil registrou uma média de 279 dias de suspensão de atividades presenciais durante o ano letivo de 2020, não sem consequências sérias. 

O estudo Perda de Aprendizagem na Pandemia, uma parceria entre o Insper e o Instituto Unibanco, estima que, no ensino remoto, os estudantes aprendem, em média, apenas 17% do conteúdo de matemática e 38% do de língua portuguesa, em comparação com o que ocorreria nas aulas presenciais. 

Esses fatores e outros já refletiram nas inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Para você ter uma ideia, em 2019 foram mais 5,1 milhões de inscrições para o Enem. Já em 2021 foram 2 milhões de inscrições a menos.

Até o momento, não se sabe ao certo os reais impactos provocados pela pandemia na educação básica brasileira. Especialistas esperam que a volta às aulas e as avaliações diagnósticas possam dar uma visão mais clara sobre o desafio a ser enfrentado, principalmente em relação à aprendizagem e à evasão de alunos.

Na sua opinião, como podemos diminuir os impactos causados pela pandemia na educação de nossa cidade?

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