Um momento delicado

27/03/2021 às 11:11.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:31

O povo brasileiro nunca esteve tão dividido. Mais uma vez nos vemos com a tendência de radicalizar, nos dividir em classes e partir pro extremismo. De um lado, uns menosprezam a pandemia e a gravidade da doença, do outro, os profetas do caos querem aterrorizar e colocar medo. No meio de tudo isso, milhares de mortos, milhares de famílias que choram, milhares de pessoas internadas que sequer conseguem andar e respirar.

Uns gritam “fique em casa” e esquecem que os transtornos ocasionados por tantos lockdowns são tão prejudiciais quanto a doença em si. Outros não reconhecem a necessidade de distanciamento e os protocolos básicos como o uso de máscara e álcool em gel. 

Mas o que fizeram com o dinheiro enviado pelo governo federal? Por que não se ampliou o número de leitos? Onde estão os hospitais de campanha? Por que não adotar o chamado tratamento precoce? São perguntas pertinentes. Como político gostaria muito de ter as respostas para tantas indagações que me são feitas todos os dias. Mas infelizmente eu não tenho. De uma forma ou de outra, no momento em que escrevo essa coluna, existem 164 pessoas na fila de espera por um UTI em BH. A situação é muito grave! 

Tenho tentado fazer além do que está ao meu alcance, mas infelizmente ainda é muito pouco. Tenho dialogado com representantes de diversos setores e entidades e levado ao executivo suas queixas e demandas. Na semana passada, por exemplo, convoquei o Secretário de Saúde de Belo Horizonte, o Dr. Jackson Machado e os demais vereadores para levar ao executivo os questionamentos da população. 

O objetivo foi buscar detalhes sobre os investimentos provenientes do governo federal para o combate da pandemia em nossa cidade, sobre a ausência da ampliação dos leitos de UTI sobretudo nesse momento em que a segunda onda se sobrepõe a cada dia em nossa cidade, sobre o andamento da campanha de vacinação em Belo Horizonte, das vacinas que estão sendo roubadas e sobre as compras de novas vacinas para Belo Horizonte. Infelizmente o Secretário não esteve presente na reunião. A justificativa de sua ausência foi a gravidade da situação que tem demandado sua atenção presencial neste momento.

O que nos resta no meio de tudo isso? Deixar as diferenças de lado, nos unir, orar e cuidarmos uns dos outros. Precisamos de compaixão, que é a compreensão do estado emocional de outra pessoa, um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.
Sobre a reunião com o secretário de Saúde, um novo requerimento será feito para que possamos promover o diálogo entre a população e o Executivo diante desse momento tão difícil que estamos enfrentando. 
Escrito em parceria com o jornalista Leandro Jahel

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por