Égalité, fratenité et liberté nos concursos

13/07/2021 às 16:23.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:24

Na data de hoje, 14 de julho, é feriado na França. Comemora-se o evento mais simbólico daquele ano revolucionário de 1789: a Queda da Bastilha, que era uma edificação erguida em Paris para recolher os criminosos e os opositores do Rei. 

A crise econômica escancarou as injustiças sociais, num pais onde o clero e a nobreza detinham privilégios, enquanto grande parte da população vivia na miséria. Tributo era uma palavra inexistente para os ricos, o que se impunha apenas aos pequenos comerciantes e aos camponeses.

Junte-se a isso as ideias dos filósofos iluministas, que se colocavam claramente contra o Regime Absolutista. Montesquieu, no seu livro “O Espírito das Leis”, propunha a separação dos poderes, para que o governante chefiasse apenas o Executivo.

Rousseau difundiu a ideia de que o poder emana do povo. E deve ser exercido por meio do voto universal, isto é, cada cidadão tem direito a um voto de igual peso ao de todos os demais votos.

Com a nova ordem estabelecida, os revolucionários editaram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Em seus 17 artigos, proclama-se a “égalité, fraternité et liberte”:

1) igualdade de oportunidades para todos, conforme os talentos de cada um;
2) fraternidade entre os indivíduos e os povos;
3) liberdade como direito inalienável.

Quanto à “egalité”, diz o artigo 6º da Declaração que “todos os cidadãos são iguais (...) e admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes”. Com isso, foi abolida a assunção aos cargos por ser filho ou filha do Visconde de Não Sei Onde.

Passou-se a privilegiar a seleção por critérios objetivos, com oportunidades iguais para todos que preencham os requisitos exigidos para um determinado cargo. E ainda há quem pense que concurso público é invenção brasileira.

A imensa maioria dos paises adota o mesmo critério difundido pelo ideal revolucionário francês. Então, quando você ouvir essa história de que os concursos vão acabar, pense no absurdo que isso seria.

Eu te garanto que, além de não acabar, novas oportunidades de concurso estão surgindo. Aí está o do Banco de Brasil, e de vários órgãos, com previsão de editais em breve.

Então - leitor ou leitora - esteja preparado e bons estudos.

  

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