Autoajuda para concursos

22/04/2017 às 20:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:14

Vivemos atualmente o estilo literário da autoajuda. As pessoas buscam respostas às suas inquietações num livro, numa música, num filme, etc. Esperam, desse modo, dar um sentido à vida.

Exemplos é que não faltam nas músicas brasileiras. Há vários anos, a banda Kid Abelha gravou “educação sentimental II”. A primeira estrofe menciona “a vida que me ensinaram como uma vida normal”. Mas avisa: “Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso”. E, depois de falar sobre a sensação de perda pelo fim de um romance, tema que “ninguém me explicou na escola”, a cantora Paula Toller desabafa: “A quem eu devo perguntar aonde eu vou encontrar/Um livro onde aprender a você não me deixar”.

Essas inquietações chegaram aos concursos. Muitos jovens, às vezes dominados pelo desânimo imposto por uma reprovação, depositam suas esperanças na prateleira de uma livraria, onde encontram as mais empolgantes promessas de aprendizado rápido e agigantamento da memorização.

Muitos são os autores que falam dos seus triunfos. Alguns imitam adequadamente o Professor William Douglas, pioneiro no tema de técnicas de estudos para concursos. Outros até trazem alguma novidade. Mas, por ampla maioria, encontramos os que alcançaram sucesso e não sabem muito bem porquê. Assim, tomados pela vaidade, descrevem uma epopéia e levam o leitor a uma frustração: Afinal, onde estão as dicas que prometiam fazer a diferença nos meus estudos? Do que me adiantou saber que o autor ocupou tais e tais cargos? Que me interessa saber que ele passou em primeiro lugar não sei quantas vezes? Clama, enfim, o leitor: E as dicas?

Na minha modesta obra, diferentemente de muitos escritores, dedico poucas linhas à trajetória pessoal. Na quase totalidade das 128 páginas o leitor encontrará textos e ilustrações que apresentam dicas mesmo. Isso decorreu do meu ideal de dedicar minha vida ao magistério do Direito. Para alcançar tal objetivo, direcionei minha vida acadêmica para pós-graduações de conteúdo pedagógico. Não é por acaso que minha primeira especialização foi em magistério jurídico.

Aliada a essa formação teórica, tive a oportunidade, logo que me graduei em 1993, de lecionar em escolas preparatórias para concursos. Nas minhas aulas, antes de ser jurista, sempre tive a postura de educador. E, nesse contexto, passei a falar sobre técnicas de memorização. Os alunos, rotineiramente, pediam-me um texto de consulta para não se esquecerem das dicas.

Assim, conhecendo as formulações teóricas do ensino e da aprendizagem, aliadas a minha prática docente, sei os porquês dos meus fracassos e sucessos em concursos. É o por isso que classifico meu livro como literatura de autoajuda. Você não encontrará nele nenhuma epopéia. Vai encontrar o caminho que dará respostas às suas inquietações sobre rendimento nos estudos.

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