Quando Johannes Gutenberg utilizou os primeiros tipos móveis numa prensa, nem imaginava que a sua invenção seria considerada a mais importante do segundo milênio. Centenas de livros e jornais passaram a ser impressos com a referida técnica. Isso propiciou a rápida disseminação da informação e do ensino.
Algo semelhante ocorre com a moderna tecnologia. É impossível imaginar uma área de conhecimento que não esteja ao alcance das mãos. Basta acessar um celular ou tablet.
Mas os conspiracionismos podem por tudo a perder. Avanços extraordinários da Medicina, como por exemplo as vacinas, encontram resistências daqueles que juram tratar-se de um recurso que causa autismo. E agem assim por ignorância, ou por pura maldade, ou por interesses inconfessáveis.
Nos dias atuais, em que vivemos a pandemia do Corona Vírus, os conspiracionistas, incapazes de encontrar uma solução, se apressam em criar culpados. Entre outros absurdos, já disseram que se trata de uma estratégia dos chineses para dominar o mundo.
Essas estórias, além de não solucionarem o problema de Saúde Pública, além de apavorarem os incautos, trazem riscos de um futuro marcado por regimes políticos de intolerância. Não foi por outro motivo que Galileu só escapou da morte na fogueira porque aceitou a condição de negar publicamente suas ideias. Aliás, em 1992 o Papa João Paulo-II admitiu a injustiça daquele julgamento, atribuindo-a ao “sentido literal da Sagrada Escritura”.
Sou defensor da seleção impessoal de candidatos para ocupar cargos públicos. É assim que as repartições prestarão serviços à sociedade, contando com pessoas dispostas a tornarem o nosso mundo melhor.
Então, para evitarmos o retorno aos tempos de ignorância e intolerância, proponho a você, que deseja passar num concurso: inclua nos seus estudos os conhecimentos consolidados há séculos pela Ciência.
Desse modo, além de um ótimo funcionário público, você fará a diferença nesses tempos difíceis de pandemia e conspiracionistas de plantão.
A todos e a todas eu desejo bons estudos.