...E tanta gente no mundo da Lua

14/07/2020 às 18:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:01

No próximo dia 20 de julho comemoraremos 50 anos da conquista da Lua. Neil Armstrong, ao pisar o solo lunar, eternizou esta frase. “A small step for a mam, a giant leap for humanity” (um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade).

De fato, essa façanha desenvolveu o mundo todo. A partir das viagens espaciais, surgiram inúmeras tecnologias e seus produtos, desde roupas de tecidos sintéticos até transmissão de dados via satélite.

Por outro lado, milhões de incautos duvidam que o homem tenha ido à Lua. É triste constatar que, entre essas pessoas, muitas têm condição social privilegiada, mas preferiram fugir da escola. 

E evocam a Democracia para falarem asneiras. É como se proclamassem a quem aprende pelos estudos: “Minha ignorância vale o mesmo que o seu conhecimento”. Ora, Democracia pressupõe o direito de escolha, mas isso não incluiu negar a Ciência, aí incluído o Direito.
Lembro-me de uma reunião de condomínio, em que um advogado nos esclareceu sobre as obrigações perante o Corpo de Bombeiros. Aí, na melhor das intenções, o síndico pôs em votação se cumpriríamos aquelas determinações. 

Felizmente alguém tomou a palavra e sugeriu tirar de votação aquele tema. O síndico concordou como os argumentos. Afinal, não faria sentido votar se cumpriríamos ou não lei. 

Imagine um outro exemplo: o médico prescreve um remédio e o paciente se reúne com a família para votarem se convém ou não tomar a medicação. Isso não faz sentido. E, ao indicar o tratamento, acaso o médico ofendeu a Democracia? Claro que não.

É por isso que estou com pena das crianças, desenvolvendo o intelecto em meio a conspiracionismos misturados com a visão equivocada de liberdade e Democracia. Afinal, o direito de se manifestar é limitado a não ofender o próximo. E também deve ser limitado a não ofender o que é consenso na Ciência.

Se não compreendermos isso, corremos o risco de voltarmos a regimes políticos de ignorância e intolerância. E seremos dominados pelos idiotas que vivem “no mundo da Lua”, ouvindo-os bradar que o homem nunca “pisou na Lua”.

Ah! Coloquei entre aspas a expressão “pisou na Lua” para homenagear a adequada transitividade do verbo “pisar”. Já tive oportunidade de concordar com quem disse isso. De fato, Armstrong não pisou “na” Lua. Ele pisou “a” Lua.

Enfim, proponho a você que deseja passar num concurso: estude a transitividade dos verbos. Estude também os conhecimentos consolidados pela Ciência e Tecnologia. 

Desejo a todos bons estudos.

  

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