A pandemia nos obrigou à familiarização com tecnologias que, cedo ou tarde, faria parte do nosso dia a dia. Estamos aprendendo a superar as dificuldades. Por exemplo: o desafio de despertar nos alunos o comprometimento. O que me tem sido útil é transmitir três virtudes que o antecedem. Falarei sobre elas mais adiante.
Na minha tese “Pedagogia do Advogado”, publicada nos anais da “Universidad del Centro de la Provincia de Buenos Aires”, eu as aponto. E são as virtudes que os alunos buscam em um bom professor. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata de uma escola preparatória para concursos ou para a OAB.
Na minha pesquisa de campo, entrevistei o Professor Carlos Cruz, diretor do Curso Pro Labore. Foi com ele que sistematizei a importância do carisma, da didática, do conhecimento e do comprometimento (nessa ordem).
Acredite, leitor ou leitora: na avaliação dos alunos, o conhecimento do professor é uma “estrela de terceira grandeza”.
Antes de ter conhecimento, o professor deve ter carisma, isto é, capacidade de liderar sem imposições, promovendo empatia na turma. Depois vem a didática, que é a capacidade de ensinar. Isso é muito mais que despejar informações durante as aulas. Se o professor não tem didática, acaba descrito assim pelos alunos: “Ele sabe, mas não sabe ensinar”.
Só depois de aprovado nos quesitos do carisma e da didática é que os alunos esperam que o professor tenha conhecimento. Mas isso não basta, se ele não tiver comprometimento com os alunos e com a instituição de ensino. Esse é um atributo que se revela nas aulas bem preparadas, no entusiasmo ao atender os alunos, na pontualidade, etc.
Atualmente, com a realidade dos cursos em EAD, essas quatro virtudes só são adequadamente desenvolvidas se forem permeadas por um quinto quesito: a autodisciplina. Então - prezados alunos e prezadas alunas - sejam disciplinados nas tarefas e nos horários das suas aulas em EAD.
E quanto ao afeto? Ah, sim! Não deixarei esse tema sem resposta. Afinal, inventei uma nova sigla no título deste artigo: EAAD. E, assim como nos estudos em EAD, a autodisciplina também é importante nas relações afetivas, sobretudo quando predomina a distância. Porque, sem autodisciplina, não haverá comprometimento.
A todos, aos que amam de pertinho ou à distancia, desejo bons estudos.