Hoje é o último dia para se inscrever no concurso do Banco do Brasil. É uma oportunidade que representa o sonho de muitos candidatos.
Isso me faz lembrar uma palestra de um professor, autor de um livro sobre concurso, muito anterior ao meu. Em meados da década de 1990, ele decidiu começar vida nova com a aluna que conquistara o seu coração.
No início foi difícil encerrar uma família para iniciar outra. Ele chegou a sofrer com o sentimento de culpa. Mas, convivendo com a nova paixão, ele percebeu que muitas coisas lhe faltavam no casamento anterior.
Começando pela alienação parental, a ex conseguia transformar em opressão até as gentilezas que ele dispensava aos filhos. Quando ele lançou o livro, ouviu dela e dos filhos que isso não ia dar certo, que ninguém quer saber sobre o sucesso alheio. “Ainda mais no seu caso, que passou no concurso do Banco do Brasil por pura sorte”.
Ah, como era diferente no novo casamento! Vieram filhos melhores, amigos melhores, e uma rede de apoio que transformou o livro, um pouco esquecido no mercado, num sucesso editorial naqueles anos 90.
Voltaram a surgir convites para palestras. Dessa vez, a nova família se fazia presente. A esposa coordenava as vendas ao final de cada evento. E o mais importante: ela leu o livro. Mais do que isso: releu os capítulos para os filhos, como se fossem histórias para dormir.
Até hoje os membros da família anterior lutam por uma aprovação. E devem seguir com o mesmo pensamento de que nada têm a aprender com quem “passou no Banco do Brasil por pura sorte”.
Enquanto isso, os novos familiares, começando pela esposa, experimentam aprovações nos mais disputados concursos. “E qual a razão desse sucesso?” Foi essa a pergunta que fiz ao autor, hoje já de idade, mas lúcido para seguir nas palestras. E eis a resposta dele:
- Porque, em vez de me desmotivar, ela leu meu livro.
Então, leitor ou leitora, se você busca uma trajetória de triunfo (no serviço púbico ou na inciativa privada) não dispense a experiência de quem chegou lá, e que tem histórias para contar.
E, seja qual for o autor que você escolher como modelo, pode ser que, na próxima palestra, ele se refira a sua pessoa dizendo assim: “Leu meu livro e passou”.
A todos eu desejo bons estudos.