Sobrevivendo no deserto

09/10/2017 às 11:21.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:08

Sem dúvida alguma, o ano de 2017 tem sido um ano de deserto para o esporte brasileiro. Com o fim dos maiores eventos esportivos mundiais sediados no Brasil (a copa do mundo do futebol de 2014 e as Olimpíadas Rio – 2016) escândalos de corrupção, e cortes de verbas para o esporte tem sido cada vez mais frequente. Em resumo, o saldo final dos Jogos Olímpicos de 2016 foi negativo para a delegação brasileira, pois as medalhas não vieram como planejado e não foi feito um bom trabalho de base para garantir medalhas no futuro. Percebemos que infelizmente o modelo político nacional tão criticado, se repete nas estruturas esportivas. Os grandes cartolas que prejudicaram o esporte brasileiro continuam no poder, muitas vezes apenas mudando de posição, para confundir a prestação de contas. Temos inclusive o escândalo internacional envolvendo o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman.

Porém, mesmo passando pelo período de deserto no esporte brasileiro, é necessário lutar pela sobrevivência daquilo que consideramos de extrema importância, e algo que consideramos ser essencial sua continuidade é o projeto de Desenvolvido do Esporte no Centro de Treinamento Esportivo da UFMG. O mesmo, abrange as modalidades de atletismo, natação, taekwondo, judô (modalidades que distribuem dezenas de medalhas nas olimpíadas). O projeto atende centenas de atletas cumprindo a missão de captação e formação de atletas de alto nível, e vem cumprindo seu objetivo com reconhecida excelência, atraindo a atenção dos mais diversos dirigentes políticos - esportivos para a eficiência de um trabalho, feito com um orçamento bem enxuto. 

Alguns simples dados que já demonstram a importância deste trabalho, podem ser citados de recentes competições. No atletismo, por exemplo, temos a nossa atleta Barbara Cunha que no último campeonato Brasileiro Interclubes Sub-16, no início do mês de outubro, venceu as provas de velocidade (75m e 80m com barreiras) provas essas que sempre atraem grande atenção, por serem de velocidade, como as provas do grande astro Usain Bolt. Outro exemplo vem da atleta Thaís Silva, representando Brasil nos Jogos Sul-americanos da Juventude (Chile) nos 100m com barreiras, na sua primeira participação internacional.

Enfim, inúmeros são os dados positivos do projeto no CTE, e no atual momento estamos torcendo para que continuemos nosso trabalho que depende do apoio do Ministério do Esporte. Lutando com esperança, ficamos felizes em ver o projeto “ Quinta do Atletismo CTE” crescendo a cada semana, e atraindo pessoas de todas as idades, biotipos e motivações, além de servir como seletiva para integrar a equipe de atletismo do CTE. Vamos juntos sair deste deserto, pois por mais que ele pareça eterno, um dia deve acabar. Junte-se a nós e não perca a oportunidade de competir o Tetratlo nas Quintas-feiras de Atletismo. Faça sua inscrição pelo site: www.tetratlo.com

Colaboração Ingrid Moreira
 

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