Melhor que Cabul

24/08/2021 às 20:10.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:45

É mais do que de dor o sentimento que deve tomar o coração dos homens de todo o planeta nas horas terrivelmente dolorosas que atravessam dois povos especialmente: o do Afeganistão e o do Haiti. Os episódios que as redes de televisão transmitem nesta terceira semana de agosto ferem dramaticamente os que ainda possuem um mínimo de humanidade.

Em dois cantos do mundo, na Ásia distante ou na ilha que os espanhóis descobriram no fim do século XV, o mesmo espetáculo pérfido que a todos chega e aflige. No primeiro caso, pela invasão das capitais provinciais e de Cabul, a metrópole nacional do Afeganistão, pelas tropas dos talibãs; na parte de cá do globo, entre as Américas, mas um terremoto no Haiti, que deixará uma herança de centenas de mortos e de sobreviventes feridos, ou não, sem ter o mínimo de assistência médico-hospitalar-farmacológica, até alimentar.

O Afeganistão está muito longe, mas padeceremos de algum modo com os acontecimentos da Eurásia. A China pode adquirir minério de ferro e nióbio da nação conquistada pelos talibãs, em detrimento do que poderá comprar no Brasil. Vamos ver. O Haiti precisa e deverá receber ajuda verde-amarela, que não faltou no anterior e terrível terremoto. É hora de suspense e de inquietação, também de solidariedade.

Em Minas Gerais, que produz ferro e nióbio, temos pelo menos a esperança de que o norte-mineiro seja bem representado na 9ª Feira do Livro de Lisboa, organizada pela Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros, em colaboração com a Câmara de Lisboa. A Feira será no Parque Eduardo VII, em frente à Praça Marquês de Pombal, de 26 de agosto a 12 de setembro, um cartão de visita da capital lusa.

Fato inédito, a Feira de Lisboa, este ano, contará com livros de duas escritoras de Montes Claros, minha cidade natal. Lá estarão os livros da Glorinha Mameluque e Marta Verônica Vasconcellos Leite, que comparecerão ao evento.

Evidentemente, algo que vale a pena se ver. E comparecer, se possível. Imensamente melhor que Porto Príncipe e Cabul sob o signo da destruição e da morte. 

Por aqui, evidentemente, temos de conviver com as sucessivas batalhas políticas, que ocupam os espaços dos veículos de comunicação, embora até o pleito de 2022. Muita água vai correr sob a ponte dos interesses dos que fazem da política o seu campo de batalha.

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