Mesmo com as chuvas que têm caído nos últimos dias, os consumidores devem redobrar a atenção neste mês ao consumo de energia elétrica. Após sete meses seguidos de bandeira verde– o que significa que não há nenhum valor adicional à fatura –, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adotou para novembro a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 Kwh (quilowatt-hora) consumidos.
O sistema de bandeiras foi adotado em 2015 pela Aneel para compensar os gastos extras das distribuidoras com o acionamento de usinas termelétricas. A cor da bandeira vem impressa na conta de luz e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Ao todo são adotadas três bandeiras, nas mesmas cores dos semáforos: verde, condições favoráveis de geração de energia e a conta não sofre nenhum acréscimo; vermelha 1 - condições custosas de geração e aumento de R$ 0,030 para cada Kwh gasto; vermelha 2 – condições ainda mais difíceis e alta na conta de luz de R$ 0,045 para cada Kwh a mais; e a amarela, produção menos favorável e a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,015 para cada Kwh gasto.
Desde a implantação do sistema até fevereiro deste ano a bandeira adotada pela Aneel foi a vermelha patamar 2, seguida pela 1. Em março passou para amarela e, a partir de abril, para verde, permanecendo nesta cor até o mês passado, sem adição de nenhum valor às contas de luz.
Segundo o coordenador do Procon da Assembleia Legislativa de Minas, Marcelo Barbosa, o consumidor deve criar o hábito de acompanhar o consumo e procurar criar mecanismos para economizar energia.
“É necessário trocar as lâmpadas por modelos mais econômicos, repensar se vale a pena consertar aparelhos eletroeletrônicos antigos e evitar tomar banhos demorados”, lembra, acrescentando que é importante acompanhar de perto todos os detalhes da conta de luz e, em caso de dúvidas, entrar em contato com a concessionária para esclarecer os possíveis valores cobrados a mais.