Matemática não comporta devaneios

15/10/2021 às 16:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:04

A frase é de uma amiga, professora como eu, que sempre repetia o bordão quando alguém queria enfeitar números para alcançar conclusões convenientes: “Matemática não comporta devaneios”.

Vi, nos últimos dias, um pequeno alvoroço, promovido por quem não teve tempo ou interesse de estudar os números (ou teve tempo demais para ajustá-los à sua própria conveniência), relativo à “piora das contas públicas de Minas Gerais”, questionando se o Governo Zema seria eficiente como se propõe… Vamos aos números e deixemos os resmungos de lado.

De largada já vale ressaltar que o déficit para o próximo ano é inferior a 30% daquele recebido no ano final do último governo, em valores nominais (se atualizarmos pela inflação, a redução ultrapassa 80%), sem contar que no Projeto de Lei Orçamentária para 2022 estão contidos, entre outras despesas, compromissos não honrados pela gestão petista, como é o caso de R$ 252 milhões relativos ao final do pagamento do acordo com os municípios, para repor repasses constitucionais não realizados, e R$ 733 milhões do início do acordo com o TJMG para recompor os depósitos judiciais sacados - “surrupiados”.

Já que alguns querem ignorar a matemática para comparação entre os déficits de 2018 e 2022, vale lembrar que a equipe de transição, que eu coordenei, no final de 2018, identificou R$ 2,5 bilhões de empenhos não realizados na Saúde e na Educação.

Também vale lembrar o que já pagamos, nesse meio tempo: (1) Acordo com os municípios: R$ 3,6 bilhões; (2) Consignados que haviam sido retidos dos servidores (que foram negativados, por consequência) e não repassados aos bancos: R$ 545 milhões; (3) 13º de 2018: R$ 2,3 bilhões; e (4) dívidas de INSS e Pasep: R$ 450 milhões.

O Governo Zema não precisa propagandear sua responsabilidade fiscal e a eficiência da gestão, isso se prova pelos fatos e pelos números, graças aos esforços e ao compromisso do Governador e de sua equipe, que conseguiram colocar fim ao parcelamento dos salários dos servidores do Executivo. A realidade está aí, para quem quiser ver, porque matemática não comporta devaneios.

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