Pagador de contas

16/08/2021 às 15:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:41

Acredito que tenha sido o amigo e jornalista quem fez a brincadeira pela primeira vez: Zema, o pagador de dívidas de Pimentel.

Na última semana juntamos mais uma dívida ao histórico de débitos que a última administração contraiu e a atual vai pagar.

Talvez alguns se lembrem que em 2017 o governador Pimentel conseguiu aprovar uma lei inconstitucional pela qual viabilizou o saque dos depósitos judiciais da justiça estadual mineira. Na época, levantou quase R$ 5bilhões de dinheiro dos particulares que estavam com esses valores depositados para garantir suas disputas judiciais, de cobranças de dívidas a pensões alimentícias, passando por todo tipo de processos judiciais sobre os quais o Estado não tinha qualquer direito, mas que mesmo assim, simples e descaradamente, sacou e usou o dinheiro, colocando em risco o direito de cada uma dessas pessoas.

Corrigido, o valor se aproxima de R$ 7bilhões e a devolução foi finalmente ajustada a partir de um enorme esforço conjunto entre o governador Romeu Zema e o desembargador Gilson Lemes, Presidente do Tribunal de Justiça.

Esse acordo se junta aos outros débitos já acertados pela Administração Estadual atual, como foi o caso dos repasses de R$ 7 bi aos municípios (que ficaram sem receber seus repasses previstos na Constituição), aos R$ 700 milhões de empréstimos consignados (descontados dos servidores e não repassados aos bancos, gerando inscrição do Serasa de mais de 200 mil servidores), bem como aos pagamentos de salários que ficaram mais de 5 anos parcelados.

Infelizmente, a “herança maldita” ainda não acabou, será preciso acertar os débitos da saúde com os municípios e os débitos com inúmeros fornecedores, mas dia a dia, dívida a dívida, o caminho para fora da insolvência vai sendo trilhado por Minas e a nossa capacidade de investimento e planejamento vai se recuperando.

O presente ainda não é como gostaríamos, mas o futuro será, porque não é uma questão de fazer o que a gente quer, mas de fazer o certo, o que precisa ser feito.

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