Poucas semanas atrás, ouvi um repórter questionar o Governador Romeu Zema se ele não estava atrasado para os movimentos eleitorais de pré-campanha. Da forma amena como normalmente responde a qualquer pergunta ele disse: “Trabalho. Quem está no cargo tem é de trabalhar e eu trabalho todos os dias com minha equipe. Campanha é para quem está do lado de fora.”
Desde o começo do Governo, ele nunca teve menos de 60% de aprovação em nenhuma pesquisa, ultrapassando 70% em várias delas. Algumas pessoas, no entanto, mais desconfiadas, vinham dizendo que isso poderia não se reverter em intenção de voto. Que as pessoas poderiam aprovar, mas não estar dispostas a votar, portanto.
A pesquisa da última semana confirma, no entanto, que o reconhecimento desse trabalho é efetivo: mais de 60% das intenções de votos válidos, com vitória em primeiro turno em qualquer dos cenários testados e mais que o dobro dos votos do segundo colocado.
Se dermos uma rodada pelo país, não vamos encontrar tantos casos como esse. Governadores eleitos com mais de 70% dos votos, ou próximo disso (como em Minas), mas que preferiram fazer campanha desde o início do mandato (ao contrário do que acontece em Minas), veem os seus governadores sofrendo com níveis de reprovação superiores a 50% e intenções de voto na casa de 30%…
Em tempos de eleitor cada vez mais atento, trabalho é a única garantia de reconhecimento e só reconhecimento pode permitir reeleição. A opção pelo holofote, pelo microfone e pela briga através da mídia não convence. Pode agradar aos amigos ou inimigos de um ou de outro grupo, podem inflamar o ambiente político, mas definitivamente não geram reconhecimento.
Por outro lado, colocar a casa em ordem, pagando dívidas e organizando a prestação de serviços, atraindo investimentos (mais de R$ 140 bilhões até agora) e gerando empregos (mais de 185 mil no primeiro semestre desse ano), pelo que demonstram as pesquisas, gera reconhecimento.
Campanha é para quem está do lado de fora. Vamos continuar o trabalho.