Comércio e solidariedade

10/07/2020 às 16:25.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:59

Segundo a Jucemg - Junta Comercial de Minas Gerais, um total de 11.299 empresas foram extintas em Belo Horizonte, nos últimos meses, em função das medidas de distanciamento social em combate ao Covid-19. Diversas atividades econômicas em BH estão proibidas de funcionar há quase quatro meses, desde a publicação de Decreto da Prefeitura, em 18 de março. Segundo a Jucemg, ao todo foram 10.541 microempresas, 300 empresas de pequeno porte e 458 de porte normal que encerraram suas atividades de vez na capital mineira. 

Como se pode observar o setor mais afetado é o do comércio e o CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas calcula que a crise pode levar ao fechamento de 30% das lojas, incluindo estabelecimentos tradicionais. Um exemplo muito divulgado na imprensa na semana passada foi o encerramento das atividades da Casa Eure, após73 anos de atividades. A Eure (conhecida loja de utensílios domésticos e louças), era ponto tradicional do comércio do bairro Floresta e destacada representante do setor comercial de rua da nossa capital. Outra séria questão que está ocorrendo com o fechamento das lojas é o desemprego e dados da CDL apontam a perda de cerca de 150 mil postos de trabalho. 

Realmente dados muito preocupantes no campo social, com milhares de pessoas desempregadas. Na área econômica, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o comércio de Minas registra uma perda de 8,34 bilhões desde o início da pandemia. Estes dados que foram divulgados na semana passada, mostram ainda que o Estado de Minas representa a segunda maior queda do país, atrás apenas de São Paulo. As perdas são muitas, principalmente quando sabemos que a atividade comercial é a principal de Belo Horizonte, sendo responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto. Antes da pandemia, a capital possuía mais de 67 mil empresas na área de comércio, empregando mais de um milhão de pessoas. 

Muitas lojas estão conseguindo se manter através do comércio online e delivery, outras já não conseguem migrar para o mercado digital, segundo a CDL. É um momento delicado. O que fazer? É preciso criar uma verdadeira rede de apoio ao comércio, com governos estabelecendo ações para a recuperação econômica e dos postos de trabalho. Também é muito importante a solidariedade das populações em suas localidades, que poderão estimular o fortalecimento, principalmente dos pequenos, mantendo suas compras no comércio local e fortalecendo a economia da região. É tempo de uma maior união e solidariedade. 

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por