Assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso emergencial das vacinas contra o novo coronavírus, no dia 17 de janeiro, vimos os primeiros vacinados em São Paulo, começando pela enfermeira Mônica Calazans. Tudo isso foi um sopro de esperança para nós brasileiros, que ainda estamos convivendo com a triste contagem diária que já passa de 210 mil mortes pela Covid-19.
Os primeiros a receberem as doses da vacina foram os profissionais da saúde, que ajudaram a salvar tantas vidas durante esse período e estão mais expostos. Logo depois entram as pessoas do grupo de risco. Como defensor dos direitos das pessoas com deficiência e doenças raras, considero essencial que essa parcela da população esteja protegida. Por isso, apresentei na Assembleia, o projeto de lei 2.394/2021. O texto prevê mudança da lei 23787/2021, para incluir PCD’s e pessoas com doenças raras como prioridade na fila da vacina.
Em Minas, a vacinação começou e vai ocorrer em todos os 853 municípios. O Estado recebeu 577 mil vacinas, 60 mil ficarão em Belo Horizonte e as outras irão para as 28 Superintendências Regionais de Saúde. Foi informado ainda, pela Secretaria da Saúde, que além dos profissionais da saúde, os idosos que vivem em instituições, indígenas aldeados e também têm prioridade para se vacinar. A minha esperança é que pessoas com deficiência e doenças raras entrem nesta lista.
Agora conseguimos pensar em voltar à normalidade de nossas vidas, fazer planos, sonhar com o abraço de quem está longe há tanto tempo. Porém, apesar do início da vacinação no país, ainda precisamos manter os cuidados. Por mais difícil que seja, é necessário lembrar, a pandemia não vai acabar imediatamente.
Isso se deve a como a imunização funciona. A vacina vai nos proteger, mas para isso, a maioria da população (todos que puderem) devem recebê-la, assim protegendo a si mesmo e quem não pode receber as doses, por exemplo, crianças e lactantes ainda não têm essa possibilidade. Além disso, os especialistas informam que mesmo depois da vacinação em massa, alguns cuidados ainda serão essenciais, como o uso de máscaras e o distanciamento.
A chegada da vacina é um ótimo começo para o nosso 2021. As esperanças e planos ganham uma prospecção real. Porém algumas as dúvidas permanecem: como podemos melhorar as expectativas do futuro? Como vamos ajudar trabalhadores e empresários a se levantar depois do baque na economia? Mesmo sem todas as respostas, o que precisamos fazer é manter não só a esperança, mas os nossos novos hábitos.