Em defesa da duplicação da BR-251

12/05/2017 às 16:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:32

A BR-251, ou oficialmente Júlio Garcia, é uma rodovia transversal brasileira e vai do estado da Bahia até o Mato Grosso. O total da extensão é de aproximadamente 1.515,2 quilômetros e, ao longo deles, apresenta, em geral, problemas de conservação.

A BR passa, atualmente, por quatro estados (MG, BA, GO e MT) e ainda, o Distrito Federal. É a única rodovia transversal que corta o DF. Os trechos mais utilizados são os que ligam Montes Claros à BR-116 (Rio- Bahia) e Unaí ao DF.

Mas a 251 tem se notabilizado não pela extensão ou sua transversalidade. A BR que permite o encontro do Nordeste e do Sudeste é hoje conhecida como “rodovia da morte”, principalmente no trecho que corta o Gerais das nossas Minas.

Melhorar as condições de trafegabilidade da BR-251, principalmente no trecho que corta o Norte de Minas e vai até o trevo que dá acesso à BR-116 (Rio-Bahia), e com isto evitar que acidentes e mortes sejam a realidade dos que precisam transitar pela rodovia, motoristas e famílias de todo o país, é uma questão de humanidade e de saúde pública.

Por dia, trafegam pelo local cerca de 9 mil veículos e, não raro, se tem notícia de acidentes com vítimas fatais. São famílias que perdem seus entes queridos. Dados do SAMU Macro Norte/ MG, por exemplo, mostram que de janeiro a junho de 2015, foram atendidas 136 ocorrências na BR, com 287 vítimas, das quais 5%, ou seja 15, vieram a óbito.

O levantamento da Policia Rodoviária Federal também comprova que os acidentes são uma constante na 251: de setembro de 2013 a fevereiro de 2014 foram registrados 293, enquanto que de setembro de 2014 a fevereiro de 2015 foram registrados 179 acidentes com 19 mortes.

Além dos acidentes, as péssimas condições da BR-251, que é o corredor de escoamento da produção que circula pelo Brasil, causa desgaste à economia do país, já que os motoristas reclamam de prejuízos como pneus estourados, eixos quebrados, o que atrasa a entrega dos produtos, lesando a economia e os motoristas profissionais.

A população está cansada desta realidade, do crescente número de acidentes com óbito para o qual a BR-251 serve de palco. A solução todos conhecem: a duplicação.

Se a duplicação não puder se tornar realidade, que se faça da privatização a solução. O que não se pode mais é vivenciar o medo, os acidentes e as perdas de vidas de braços cruzados.

Temos sido persistentes em lutar pela duplicação junto ao governo federal ou mesmo pela privatização.

A boa notícia é que o governo, ante o nosso clamor, decidiu melhor as condições da BR-251. Ainda neste mês de maio, começam as obras de recapeamento do trecho que vai de Montes Claros ao trevo de Grão Mogol.

Não é a resposta que queremos ainda, mas é uma ação que garantirá mais segurança.

A duplicação ou privatização da BR-251 precisa ser uma ação de todos. Como presidente da Frente Parlamentar pela Duplicação da BR-251 eu acredito na força da bancada de Minas, acredito que juntos podemos transformar esta realidade e evitar que mais vidas sejam perdidas.

Somos persistentes e vamos continuar trabalhando para levar segurança às nossas rodovias.

Duplicação da BR-251 já!

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