Diálogo, e nada mais

23/07/2020 às 20:28.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:06

Se existe uma ferramenta antiga/primordial da sociedade e que, agora, nestes tempos de isolamento social, ficou ainda mais em evidência, ela atende pelo nome de diálogo.

Nunca ele foi tão crucial em todas as esferas e segmentos como hoje. Antes da pandemia chegar, tínhamos [SIM]inúmeras oportunidades de ouvir o outro, conversar, se achegar ao próximo. Porém a rotina frenética que este mundo naturalmente nos impõe, parece nos cegar em relação a coisas básicas, elementares. Entre elas uma boa conversa, um ‘dedin de prosa’, como nós mineiros costumamos dizer.

Neste 2020 demasiadamente esquisito, conversar/dialogar parece ser, ou melhor, é questão de sobrevivência. É, talvez, o antídoto mais assertivo para suportarmos as agruras deste isolamento no qual fomos obrigados a mergulhar. 

O isolamento, inclusive, foi o primeiro momento em que nos vimos extremamente dependentes da necessidade do diálogo. Ele nos obrigou a redescobrirmos nossos familiares e praticarmos a resiliência. Isso sem falar que tornou ainda mais aparentes algumas diferenças, o que é normal. Não podemos nos esquecer que a graça da vida é a pluralidade.

No trabalho home-office (realidade atual de quase 80% das pequenas e médias empresas brasileiras), a comunicação tornou-se ainda mais essencial, afinal o fluxo do trabalho precisa ser desenvolvido com igual ou maior excelência, da mesma forma que se desenvolvia há cinco, seis meses, antes deste período caótico. Nesse sentido, nem é preciso dizer o quanto é desafiador criar um diálogo uníssono à equipe, capaz de nortear todos em um mesmo propósito.

O diálogo também tem sido fundamental nas relações de todos os setores produtivos da sociedade com as esferas de Poder Público. Prova disso são as inúmeras e extensas conversas da Câmara e Senado com o Executivo para garantir, por exemplo, os auxílios destinados a pessoas físicas e jurídicas nesta pandemia; e o diálogo da imprensa com a população, em um momento no qual a informação é crucial para salvar vidas.

Mesmo diante desses exemplos e da importância que o diálogo tem e continuará tendo para vivenciarmos este ‘novo normal’ da melhor forma possível e superarmos não só o coronavírus mas todos os desafios que estão por vir, é lamentável saber que ainda existem muitas pessoas, grupos e autarquias que ignoram esta oportunidade única de crescimento que a comunicação transparente oferece. Alguns setores optaram pelo caminho oposto: a comunicação hierárquica, que não permite a construção coletiva de ideias.

E você, qual caminho tem escolhido? Este que relatei no parágrafo anterior ou tem aproveitado o momento para aquecer a comunicação com seu entorno, seus pares, familiares, empregado/empregador? Deixo aqui a reflexão.

  

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