O ano dos deslocamentos

22/12/2021 às 15:52.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:36

Começo a primeira coluna de 2022 com uma boa notícia: o ano que acaba de chegar será dos deslocamentos: viajantes voltarão aos céus e às estradas em ritmo mais intenso do que aquele observado antes da pandemia de Covid-19, em 2019, segundo estima o Conselho Mundial de Viagens e Turismo em estudo realizado em parceria com a Oxford Economics. À revista ‘Travel and Leisure’, a instituição afirmou que o turismo doméstico, que cresceu em 2021 com o início da flexibilização das medidas de isolamento, deve experimentar um aumento ainda maior.

No Brasil, por exemplo, os voos domésticos já haviam recuperado, em outubro, 80% dos níveis de passageiros que transportavam antes da crise sanitária, conforme anunciou o ministro do Turismo, Gilson Machado. Alguns pontos, como Recife, já veem 115% de fluxo aéreo, ou seja, recebem mais viajantes hoje do que em 2019.

Os empresários do segmento de turismo em Minas Gerais também estão otimistas, pois, depois de muito tempo em isolamento social, o turista agora busca experiências, expertise que muitas cidades mineiras já tem consolidada. Por aqui temos, por sinal, quatro Patrimônios Históricos da Humanidade - Ouro Preto; o centro histórico de Diamantina; o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas; e o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte. Além disso, o fato de o estado ser o único destino brasileiro na lista das regiões mais acolhedoras do planeta, segundo o ranking global da premiação Traveller Review Awards 2021, faz a diferença. Obviamente os turistas querem conhecer.

Não à toa, a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo instituiu 2022 como o ‘Ano da Mineiridade’. A ideia é utilizar o marco como uma oportunidade de homenagear a população e suas características que ajudam a preservar o patrimônio histórico e a natureza, além de valorizar a gastronomia e a cultura locais, com a marca do acolhimento. 

Por falar em gastronomia, não poderia encerrar esse texto inaugural de 2022 sem enaltecê-la, já que ela, indiscutivelmente, é um dos maiores chamarizes para o crescimento do nosso turismo. E motivos que comprovam a minha afirmação, temos aos montes: Além de BH ter recebido, em 2019, o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, concurso mundial de queijos da França, deu, no ano passado, 40 das 57 medalhas brasileiras para Minas, a maior parte para produções da Serra da Canastra. Por aqui temos ainda uma ótima e reconhecida produção de azeites, cachaças e cafés. 

Como já bem disse o saudoso Guimarães Rosa, ‘Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais’. Que tal, então, conhecê-la em 2022? Sabemos, como ninguém, receber e acolher. Será um prazer tê-lo conosco!

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