O valor da experiência

07/01/2021 às 19:17.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:52

O ano começou com um fato nada agradável. Nessa quarta-feira (6) os empresários e todos os profissionais que pertencem a cadeia produtiva do comércio de Belo Horizonte foram novamente surpreendidos com a notícia previsível de que medidas restritivas voltarão a entrar em vigor na próxima segunda-feira (11). O novo lockdown, segundo o comitê de epidemiologistas da prefeitura, visa impedir o avanço da Covid-19 na capital mineira e com isso desafogar a lotação nos leitos clínicos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nas redes pública e privada do sistema de saúde.

Não quero me ater aos prejuízos que essa nova fase de restrições certamente trará a todos que movimentam a economia da cidade bem como para aqueles que dependem de seus postos de trabalho. Hoje prefiro tentar enxergar o que podemos fazer para contornar esse problema da melhor forma possível. Nessa altura do campeonato o melhor a se fazer, talvez seja conter as perdas. Para isso temos uma aliada a nosso favor: a experiência.

Em março de 2020, quando a pandemia chegou ao Brasil e com ela a necessidade de um isolamento social repentino, fomos pegos de surpresa. Nunca tínhamos vivido tal situação, afinal a última grande pandemia da história, a gripe espanhola, foi registrada em 1918, ou seja, há mais de 100 anos. Não sabíamos, por exemplo, quanto tempo o coronavírus ia durar, o que deveríamos fazer para sobreviver, quais os protocolos sanitários seriam seguidos, além de uma infinidade de outras coisas. A sensação era que estávamos à deriva em um barco prestes a naufragar no meio de um mar turbulento. Vários, inclusive, infelizmente naufragaram. Outros tantos, porém, se reinventaram e continuam se reinventando.  

De março até setembro vivemos quase 180 dias angustiantes, sem realmente saber como seria o dia de amanhã. Depois da tempestade a reabertura trouxe momentos de bonança nos últimos meses de 2020. Agora, diferentemente do primeiro fechamento, estamos não só mais calejados como também experientes. Sendo assim porque não usarmos essa experiência somando esforços, trabalhando coletivamente?
Tenho plena convicção de que os desafios e as intempéries enfrentados no ano anterior aliados à uma certa previsibilidade do atual cenário nos fortaleceram para este novo período que se apresenta. Tenho certeza também que se você entendeu que estamos ainda imersos no meio de uma grave pandemia, conseguiu, ao menos, polpar o pouco que lhe sobrava durante a reabertura, afinal o planejamento financeiro, mesmo que mínimo, pode fazer grande diferença.  

Gostaria muito de dar boas notícias neste início de 2021. Mas se é para encararmos o inevitável, que façamos isso juntos, como grupo, mesmo porque estamos todos na mesma tempestade, mas espero que não mais à deriva. Juntos somos e continuaremos sendo bem mais fortes.

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