Originário da engenharia, o termo alicerce significa uma base maciça e forte construída abaixo da superfície, sobre a qual se assentam as estruturas externas de uma construção.
Na vida pessoal não é diferente, precisamos de alicerces que suportem nossa “construção" e eventuais “rachaduras”. Ter esses pilares não significa que não cairemos, mas sim que teremos atenuantes para nossos tombos.
Bons amigos e boas relações: cultivar amizade faz toda diferença em nossa vida. Aqui podemos falar em dois tipos de amizade: a primeira seria os amigos confiáveis, acolhedores na alegria e na tristeza, dispostos a uma troca boa. E o segundo seria a amizade menos profunda, mas igualmente agradável, onde se pode dividir bons momentos e companhias. Cultivar boas amizades é fundamental, sobretudo em recomeços.
Família: infelizmente nem todos podem ter a família como base de apoio. Muitas vezes vêm exatamente daí as maiores dores e abandonos. Mas quando damos a sorte de ter uma família que nos promove um alicerce, somos menos “machucados” pela vida e portanto nos formamos pessoas mais equilibradas, dóceis e fortes emocionalmente.
Trabalho: nem sempre conseguimos trabalhar com aquilo que amamos, mas precisamos amar aquilo que fazemos, caso contrário o trabalho se tornará apenas fonte de estresse e insatisfação. O trabalho é um pilar tão importante que deveríamos buscar, com afinco, uma atividade que seja prazerosa. É no trabalho que passamos maior parte do tempo de nossas vidas, que exercitamos nossa disciplina, que domesticamos nossa agressividade, que tiramos nosso sustento e que nos orgulhamos de nossas conquistas. É também por meio dele que compensamos nossas emoções e ocupamos nossa mente quando a vida não vai bem ou quando nos sentimos tristes ou frustrados. É importante pontuar que o trabalho tanto pode ser um pilar de sustentação quanto pode ser estímulo para desmoronarmos. Um exemplo disso é a síndrome de burnout, um esgotamento mental originado do trabalho. Portanto, precisamos conduzi-lo de maneira responsável, conciliando a parte financeira e a saúde física e mental.
Lazer: muitas pessoas sentem dificuldade em responder com o que se divertem. Não cultivaram nenhum hobby e não sentem atraídas ao experimento. Ter uma atividade que seja fonte de prazer pode fazer toda diferença. Isso inclui leitura, dança, gastronomia, música, gosto por algum instrumento, trabalhos artesanais, jardinagem entre inúmeros outros prazeres que em muitas vezes não requerem dinheiro.
Fé: O bem-estar psicológico promovido pela fé é um pilar de sustentação comprovado. Um estudo feito pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, com quase 250 artigos de todo o mundo, concluiu que a prática regular de atividades religiosas - sejam elas quais forem - pode reduzir o risco de morte e doenças em até 30%.
É importante reforçar que os pilares funcionam melhor quando aliamos isso ao cuidado próprio. Isso implica em fazer, bem-feito, a nossa parte: comer bem, praticar atividade física e manter qualidade do sono e de vida.
...