As três maiores causas das separações amorosas

18/03/2021 às 08:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:26

Muito tem-se falado sobre o número crescente de divórcios durante a pandemia. A maior convivência evidenciou as incompatibilidades, com isso os divórcios consensuais cresceram 54% em 2020, segundo os dados do CNB (Colégio Notarial do Brasil).

Mas não devemos atribuir esse fenômeno somente ao momento atual. A verdade é que o número de separações vem crescendo cada vez mais e junto com elas a pergunta: quais os maiores motivos para um casal se divorciar?

De uma maneira geral, as causas são basicamente três.

A primeira tem a ver com a frustração que deriva da expectativa x realidade. Durante o encantamento amoroso há uma idealização sobre a “perfeição” dos parceiros e consequentemente das benesses da vida em comum. Apesar de muitos verbalizarem sobre a dificuldade da vida a dois, tal fato só é constatado na prática. A partir do casamento, aquela nota 10 atribuída ao parceiro na idealização cai para 7, 6, 5 ou até abaixo da média. Isso porque o “parceiro ideal” dá lugar ao “parceiro real”. É aí que começam os incômodos e críticas em relação às manias, defeitos, hábitos que até então eram atenuados pela separação de casas.

Portanto, os dois primeiros anos do casamento são considerados os mais difíceis devido às adaptações. E, muitas vezes, a queda da expectativa é tão grande que culmina em divórcio.

Muitos, quando se separam com menos de dois anos, gostam de culpar as dificuldades da vida a dois. Quando, na verdade, deveriam se auto-responsabilizar por não casarem com os “pés no mundo real” e sim fantasiarem, no próprio imaginário, uma ilusão de prazer permanente.

A segunda causa das separações conjugais se deve às traições. Aqui é preciso destacar dois tipos: as traições sexuais e as sentimentais. As primeiras geralmente não culminam em separação, visto que não há um envolvimento afetivo. Já o segundo tipo é sempre mais complicado, pois o forte vínculo sentimental dificulta o perdão e também a vontade de quem traiu em se dedicar à retomada da relação.

As separações por traição são as mais complexas, pois vêm sempre seguidas de fortes mágoas. Todos os envolvidos são negativamente impactados, sobretudo os filhos que convivem com a relação ruim dos pais – às vezes, a vida inteira. Uma lástima!

O terceiro motivo que leva os casais a não viverem mais juntos tem a ver com as diferenças que vão se formando ou se fortalecendo ao longo do tempo. É muito comum o casal dizer: fulano não era assim, foi ficando. E isso acontece realmente. Muitas vezes, duas pessoas se casam por afinidade de vida, gosto e valores morais, mas, com o passar do tempo, um deles sai daquela rota e começa a andar por um novo caminho. Inicia-se então uma distância que não se sustenta: enquanto um trabalha, o outro se torna preguiçoso; enquanto um é honesto, o outro vai para a malandragem; um fica religioso e o outro vira ateu; um gosta de vida social e o outro é antissocial; um é romântico e o outro frio, e por aí vai. Há um ditado popular que diz que os opostos se atraem. Podem até se atrair, mas não conseguem viver juntos.

A longevidade das relações está alicerçada nas afinidades, na lealdade e no compromisso de ambos em vencer as dificuldades. Mas, repito, de ambos! 

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