Símbolo de força

07/03/2018 às 12:51.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:44

Símbolo de força
Crescemos ouvindo que mulher é sexo frágil, mas não é isso que vemos acontecer. Na prática o que temos são grandes exemplos de força:

- Resiliência para conviver diariamente com o preconceito e o machismo que oprime e discrimina,  e ainda assim, continuar lutando pelos seus direitos incansavelmente; 
- Convivem com assédio de rua e mesmo assim continuam seu caminho sem esmorecer ou desanimar
- Enfrentam as diversas barreiras impostas pelo mercado de trabalho ainda desigual;
- Criam filhos, muitas vezes sozinhas, pois são abandonadas pelos seus companheiros; 
- São múltiplas: trabalham fora, cuidam dos pais, dos filhos, da casa e de si mesmas; 
- Possuem generosidade genuína que lhes permitem se doarem em prol da família; 
- São capazes de esconder um sofrimento para poupar aqueles que amam; 
- Tem um mundo mais unissex e menos preconceituoso;
- Aprendem, desde cedo, através das cólicas menstruais, a não se abater com a dor. Com isso conseguem trabalhar, estudar, namorar e até ir a uma festa, mesmo sentindo  dor. Se isso é ser frágil, não sei o que é ser forte! 
- O que muitos consideram fragilidade, é na verdade sensibilidade, o que também é uma  uma característica positiva. É da sensibilidade aguçada que nasce a empatia. Característica muito desenvolvida nas mulheres. 

Jogo de cintura
Mulheres desenvolvem autocontrole e equilíbrio emocional para lidar com situações constrangedoras: 

- Um chefe que tece elogios de forma dúbia e intimidadora;  
- A “competência” que muitas vezes é medida pela aparência física; 
- Ter que trocar de roupa para não ser alvo de cantadas; 
- Lidar em ambientes de trabalho que condicionam promoções profissionais ao sexo;
- Conviver com o boicote profissional após negar as cantadas do chefe;   

Especialmente corajosas
Mulheres dispõem de uma coragem especial para ousar, ir além e ainda incentivar o outro:

 - São elas que encorajam o homem a casar e a assumir compromisso de formar uma família; 
 - São elas que, corajosamente, decidem engravidar e gerar um filho; 
 - Também são elas que lutam para que os pais participem mais da criação dos filhos; 
 - São elas que perdoam com mais facilidade uma traição;
 - E, novamente, são elas que, quando a vida conjugal vai mal, decidem se separar; 
 - E depois disso tudo, ainda encontram coragem para recomeçar.

Todo esse universo de força e coragem é reconhecido e comemorado hoje. Porém, é preciso ir além dos cumprimentos e das flores. Parabenizar sua esposa, filha, namorada, funcionária, mas continuar com posturas preconceituosas, sexistas e opressoras, é hipocrisia! 

As homenagens são muito bem vindas, mas elas precisam acontecer diariamente sob forma de respeito e valorização e não de um simples “parabéns”.

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