Você já fez seu check up emocional?

04/11/2021 às 07:48.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:11

Deveríamos dar à saúde psíquica a mesma importância que damos à física, afinal, ambas estão interligadas. Para evitarmos viver à beira de um ataque de nervos, nos convém examinarmos, com bastante atenção, as importantes áreas da nossa vida: trabalho, família, relações afetivas. 

Trabalho: nem sempre temos a sorte de trabalhar com aquilo que amamos, mas é fundamental amarmos o que fazemos, caso contrário o trabalho nos tirará a leveza dos dias; passaremos a amar as sextas-feiras e sentir uma grande angústia no domingo a noite. Conseguir sentir prazer no trabalho é extremamente importante, além de ser onde passamos maior parte da nossa vida, ainda vem daí boa parte da nossa autoestima, satisfação e sustento.

 O trabalho também é fundamental quando nossa vida não vai bem e ocupamos a cabeça com nossa produtividade. Mas da mesma forma que o trabalho nos leva a patamar de intenso prazer, podemos entrar num quadro depressivo se estivermos em um ambiente nocivo, nos submetendo a uma atividade enfadonha ou fazendo algo que nos traga sofrimento constante. Por isso precisamos examinar se nosso trabalho cumpre a tríade: satisfação, realização e remuneração. 

Família: nem todos têm a sorte de ter na família uma base de amizade. Para muitos, vem daí grandes dores e sofrimentos. Viver num ambiente familiar tóxico é totalmente prejudicial à saúde emocional. E, infelizmente, não é incomum a toxicidade familiar, como ausência afetiva dos pais, rivalidade entre irmãos, chantagens emocionais, disputas e favorecimentos, críticas que machucam e ferem, entre outros dissabores. Para evitar viver em constante atrito, é preciso desenvolver maturidade emocional e algumas estratégias, como saber a melhor forma de se comunicar, avaliar o que se deve ou não compartilhar e, quando possível, vale a pena até o afastamento físico, a fim de preservar a saúde emocional e as perenidade das relações

Relação afetiva: é no amor que sentimos grandes alegrias, mas também inúmeras frustrações. Mas é muito importante que esses “altos e baixos” estejam dentro de um quadrante saudável. Caso contrário, pagaremos um preço alto por isso: laços doentios adoecem e matam. Sabemos que um relacionamento é doentio quando ele é baseado na desigualdade, no medo, na insegurança e na submissão. 

Alguns exemplos: modelo de relação não é linear, e sim hierárquico, onde um manda e ao outro cabe obedecer. Duplo padrão comportamental e moral onde um se permite a determinados comportamentos, mas pune o outro pelos mesmos atos que pratica. Quando a vontade de um é suprimida em detrimento à do outro. Torturas psicológicas embaladas de amor: “só estou falando isso porque te amo”. Relacionamento baseado em disputa, desqualificação e crítica. É importante ressaltar que num relacionamento doentio os papéis de vítima e algoz se revezam fazendo com que o relacionamento seja um canibalismo mútuo. 

Fazer um check up das emoções implica em mapear, com honestidade, a nossa fonte de angústia e alterar a rota daquilo que nos desfavorece. Caso contrário, estaremos marcando um grande gol contra nossa tão almejada autoestima.

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