Carro com mais de 100 mil km vale a pena?

15/09/2017 às 18:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:35

Você é daqueles que não faz questão de ter um carro zero, ou prefere ter um usado maior e mais confortável a um novo básico; quem sabe pretende empregá-lo de forma mais utilitária, rodando muito e sempre com carga. Começa a pesquisar na internet, nos classificados, passeia por uma ou outra revendedora, faz uma primeira seleção, se interessa por um carro aqui, descarta outros ali, e certamente tem uma série de requisitos para bater o martelo. Estado de conservação, condição do motor, presença (ou ausência) de ruídos estranhos e... muito provavelmente, quilometragem.

E vai que de repente você simpatiza com um veículo em especial, constata que ele cabe no seu orçamento, atende suas necessidades, tem custos médios (impostos, seguro) interessantes mas... já registra seis dígitos no hodômetro; ou seja, passou dos 100 mil quilômetros rodados. Vale a pena fechar o negócio ou é sinônimo de dor de cabeça?

Mesmo considerando que o funcionamento do motor obedece uma série de condições básicas, não estamos falando de ciência exata. Os propulsores a diesel, por exemplo, são concebidos para rodar muito mais do que isso, em condições exigentes. Mas mesmo as unidades a gasolina/etanol podem durar muito sem problemas típicos como a queima de óleo, o desgaste excessivo de alguns componentes e a perspectiva de uma retífica, que pesa no bolso, e muito.

Muito depende do histórico de manutenção – e aí é lógico que um proprietário cuidadoso a ponto de ter registradas as principais intervenções ao longo da vida do carro (não necessariamente feitas sempre numa oficina autorizada) ganha pontos. Falo da troca do óleo e do filtro na quilometragem recomendada; do controle do nível do líquido de arrefecimento, do abastecimento com um combustível de boa procedência. E, a bem da verdade, é preferível confiar em alguém que admite que seu veículo rodou bastante do que se arriscar com uma quilometragem que parece invenção, de tão baixa (e muitas vezes é mesmo, com a ajuda da volta do hodômetro).

Os motores mais recentes são projetados para passar dos 250 mil quilômetros sem sustos, mas mesmo as gerações anteriores, na maioria dos casos (tem sempre as exceções à regra) é capaz de ir bastante além dos 100 mil. E aqui não se trata de publicidade, mas de constatação: quem tem um Toyota ou Honda costuma vender o carro apenas quando enjoa, e sem ter tido grande dor de cabeça ao longo do tempo juntos. Nisso os japoneses são obsessivos.

Resumo da ópera: lógico que depende dos fatores que eu citei, mas o fato de ter superado a virada dos 99.999 não é motivo para desistir de cara. Com atenção e paciência, é possível encontrar uma opção que valha a pena. Quer saber mais sobre o tema? Então confira o vídeo do canal Seminovos BH Notícias: goo.gl/F18MwD.

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