Sob qualquer perspectiva, esse ano de 2020 foi bem diferente do que imaginávamos há um ano. Logo nos primeiros meses, a chegada do coronavírus desencadeou a maior crise sanitária do Brasil em décadas, levando quase 200 mil brasileiros à morte e afetando intensamente nossa economia e também a política.
As atividades do Congresso ficaram comprometidas por conta da suspensão de sessões presenciais, e as comissões ficaram paradas. Ainda assim, nosso trabalho não parou, pelo contrário, foi ainda mais intenso.
No combate à pandemia, atuamos para garantir que o socorro chegasse a quem mais precisava e não privilegiasse, como é comum, grupos específicos que fazem pressão no Congresso. Buscamos atuar com responsabilidade para evitar que o necessário aumento da despesa pública não fosse permanente e excessivo, colocando em risco a solvência do país e prejudicando as futuras gerações.
Atuamos intensamente na luta por um Estado mais eficiente. Como presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, trabalhei para articular um grupo de apoio à reforma no Congresso, bem como para colocar o tema em pauta na imprensa. O debate avançou, o governo finalmente enviou sua proposta e temos trabalhado bastante para aprimorá-la e aprová-la em 2021.
No campo da educação, aprovamos a PEC que torna o Fundeb permanente, bem como o PL que o regulamenta. Ambos poderiam ser melhores, mas conseguimos promover avanços importantes, como o estabelecimento de incentivos à melhoria do aprendizado. Por pouco não conseguimos permitir o uso do fundo para convênios no ensino básico que poderiam resultar em uma educação melhor para milhares de crianças. Mas colocamos firmemente em pauta o debate sobre a educação pública não estatal, assunto há muito adormecido. Agora há espaço para esse debate enfim avançar.
Em 2020, pudemos ainda aprovar três projetos de lei de minha coautoria na Câmara. Um deles dobrando a pena para corrupção durante estado de calamidade, outro estabelecendo o CPF como documento único de identificação do cidadão, e outro de incentivo ao governo digital, simplificando e desburocratizando a prestação de diversos serviços públicos.
Por último, busquei cumprir com uma das mais importantes funções de um parlamentar: fiscalizar o poder executivo. O fiz por meio de análises dos gastos do Executivo, enviando indícios de irregularidades ao TCU e ao MP, e através de requerimentos de informação, como o enviado ao Gabinete de Segurança Institucional solicitando informações a respeito de relatório que a Abin teria elaborado para auxiliar a defesa do filho do Presidente.
Todo esse trabalho, combinado ao zelo com o dinheiro do pagador de impostos, acabou coroado, mais uma vez, pela primeira colocação no Ranking dos Políticos 2020 entre todos os 513 deputados federais. Novamente, fui também o parlamentar mais econômico da Câmara.
Agradeço muito a todos que acompanharam nosso trabalho ao longo do ano. Agradeço pelos elogios, e também pelas críticas, com as quais aprendi e que muito influenciaram meu trabalho. Que em 2021 possamos seguir trabalhando firme por um governo mais eficiente, uma educação de qualidade e um Brasil mais livre.