Quatro motivos para investir no exterior

12/04/2021 às 18:21.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:40

Quem quer alcançar os melhores retornos precisa se expor a diferentes opções. O investidor brasieliro descobriu isso na prática depois que a taxa básica de juros no país foi de 14,25%, em 2016, para 2%, em 2020 - menor patamar desde o início da série histórica, em 1996. 

Mesmo com o aumento para 2,75%, ocorrido em 17 de março de 2021, investir em renda variável ainda é muito mais interessante do que alocar seu dinheiro apenas em renda fixa.

Tanto que em setembro de 2020 o número de pessoas físicas que investem na bolsa brasileira chegou à marca histórica de 3 milhões - evolução de 82,4%, ou 1,3 milhão a mais de registros de CPFs cadastrados desde o começo daquele ano.

Se assumir mais risco e focar na renda variável se tornou fundamental para quem quer manter os rendimentos e diversificar a carteira, investir no exterior surge como uma das possibilidades mais atraentes para diminuir as perdas. Por isso, listei 4 motivos para investir no exterior. Confira:

1 - Redução da Volatilidade na Carteira

Crises são inevitáveis e não é possível prever quando será a próxima. E o que acontece quando temos uma crise no Brasil? A bolsa cai e o dólar sobe.  Obviamente, nosso país, na maior parte dos casos, não afeta a economia global e não afeta de maneira intensa as empresas de fora. 

JP Morgan, Apple e Google sofrem pouco diante de uma crise doméstica. Quando você investe nessas empresas, o dólar se valoriza e a cotação delas oscila muito pouco por conta disso. Se você tem ações dessas empresas, se elas seguirem a trajetória normal e o dólar se valorizar, provavelmente, em reais, suas ações por tabela irão se valorizar. 

Exemplo: se você tem 100 dólares em uma ação da empresa americana, e o dólar sobe de 5 para 6 reais, então os seus 100 dólares em ação, que  antes valiam a 500 reais, valem agora 600 reais. Isso quer dizer que você lucrou com a crise no Brasil. Obviamente que seus ativos no Brasil tendem a se desvalorizar por conta da crise interna, mas suas ações no exterior compensaram parcialmente a queda que você teve com suas ações brasileiras. 

Montar um portfólio com ações estrangeiras garante um patrimônio menos volátil. Considero isso muito importante, pois trata-se de reduzir a volatilidade da sua carteira. Essa é uma das grandes dores da maior parte dos investidores. Ao investir no exterior, você fica mais tranquilo e fica mais fácil você se tornar um investidor de longo prazo.

2 - Ampla variedade de ativos que existem no exterior

Só na bolsa americana existem mais de 8 mil ativos disponíveis ao investidor. No Brasil, temos cerca de 400 ações. E não se tratam apenas de ações americanas: é possível comprar ações de empresas japonesas, chinesas, turcas e europeias. Existe um amplo cardápio global para você escolher as melhores empresas do mundo para se tornar sócio. 

As opções na bolsa americana são 20 vezes maiores e compostas por ativos muito bons. Com ofertas de setores, inclusive, que sequer existem alternativas no Brasil, como empresas de nanotecnologia, biotecnologia, até em imóveis. No caso dos Reits americanos, que são equivalentes, a grosso modo, aos fundos imobiliários brasileiros, é possível adquirir até mesmo os de penitenciárias - segmento que não existe no Brasil. 

3 - Oportunidade de investir em marcas amplamente conhecidas com distribuição global

Você pode comprar ações do McDonald’s, do Google, do Facebook, da Disney, da Dell. Quase tudo que você vê ao seu redor pertence a alguma marca americana, provavelmente do tênis ao celular que você usa são produzidos, em geral, por empresas estrangeiras, sobretudo as empresas americanas. Somente quem investe no exterior tem acesso a essas empresas. 

As empresas negociadas no Brasil não são muito ligadas à economia global, são importantes na vida do brasileiro, mas não têm um impacto global. A partir do momento que você investe nas empresas americanas, você está exposto à economia global em marcas amplamente conhecidas e seus ganhos, com isso, podem aumentar significativamente.

4 - Exchange-Traded Fund (ETF) é a categoria de investimento que mais cresce no mundo 

ETF são fundos negociados em bolsas. É um produto híbrido, uma composição de vários ativos com opção de compra na bolsa através do seu home broker. O grande segredo é que ele segue um índice, então o custo do ativo acaba sendo muito mais baixo porque você não tem uma equipe fazendo gestão para tentar superar o mercado. Ele simplesmente copia e cola o índice de referência. 

Os ETFs, devido a sua praticidade, eficiência, diversidade, liquidez elevada e baixas tarifas, configuram uma boa opção. Por ser um ativo que funciona como um fundo, o investidor pode alocar o seu dinheiro e usufruir dos ganhos das empresas que compõem o ETF. 

Gosto e recomendo os ETFs porque são um tipo proeminente de investimento passivo, ou seja, o investidor não precisa ficar comprando e vendendo suas posições porque o ETF faz isso automaticamente, já que se baseia em alguma metodologia de compras de ativos. Além disso, possui baixa taxa de administração, o que permite que investidores invistam em longo prazo. É descomplicado e lucrativo e uma boa forma de começar a investir no exterior. 

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