Afeto aos enfermos da Santa Casa

16/12/2016 às 22:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:07

O Natal significa, para algumas pessoas, união familiar e tempo de muitas reflexões. Na virada do ano desejamos saúde, sucesso, um excelente ano para aqueles que amamos. Mas, e aqueles que passam o Natal e o Ano Novo num leito de hospital, muitas vezes sem a presença de um familiar ou amigo?

Em Belo Horizonte, um persistente grupo organiza as visitas nos fins de semana a cada uma das alas da Santa Casa. O Natal da Alegria da Santa Casa nasceu em 2011, quando um grupo de amigos resolveu se reunir para levar uma doação bem diferente e importante às pessoas enfermas: não era dinheiro e nem remédios, mas alegria, afeto e companhia.

Nesse mesmo ano, enquanto a visita acontecia, uma paciente, a “dona Ana” passava muito mal. Aflita, ela virava para os dois lados. A auxiliar de enfermagem entrou no quarto algumas vezes, a situação estava tensa! Alguns voluntários que fariam uma intervenção cultural acabaram não indo, e o grupo teve que improvisar um computador com uma caixinha de som para alegrar o natal daqueles que ali estavam acamados.

A visita daquele sábado terminou, e o grupo voltou no domingo. A Aninha Gente Feliz, coordenadora da ação, resolveu visitar a dona Ana, que estava sorridente e animada. A filha dela se aproximou e falou: “mamãe acordou outra, melhorou muito!”

Os voluntários relatam que aquela não parecia ser a mesma dona Ana. “Chegamos à conclusão de que quem doa alegria, doa cura”, explica os organizadores do Natal da Alegria. Aquela paciente, como muitos outros, não precisava de algo material, mas de alegria e carinho.

Todo ano, no fim de novembro e início de dezembro, é uma luta para o projeto conseguir doadores de alegria, mas os organizadores sabem que não se pode deixar as outras “donas Anas” abandonadas. A Aninha, voluntária do projeto, montou uma agenda de visitas nos fins de semana, mas precisa de mais gente no último dia do ano, inclusive de quem sabe cantar e tocar violão. Um projeto como esse poderia acontecer em vários hospitais, com a ajuda de pessoas do bem. Mais informações pelo email: queroserfelizanacris@gmail.com

(*) Palestrante, professor, autor de livros e idealizador do Tio Flávio Cultural

 

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