Um rosto por trás das histórias

21/05/2020 às 20:03.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:34

Assim que os efeitos da pandemia foram sentidos em Belo Horizonte, com o início da recomendação de isolamento social, muitas pessoas, ligadas a movimentos sociais ou não, se adiantaram até mesmo às ações governamentais e foram atender aos desassistidos.

Uma dessas pessoas é o Felipe Marcolino, jovem belo-horizontino, empresário de 27 anos, que além de curtir um samba, Carnaval, corrida e encontros com os amigos, também busca o autoconhecimento através do yoga. Incomodado com a desigualdade do país, viu na pandemia a necessidade de criar um projeto chamado SOS Corona, como relata a Michelle Camargos, num texto escrito para o projeto “Um rosto por trás da história”, do movimento Tio Flávio Cultural.

Fã do rapper mineiro Djonga, Felipe começou arrecadando cestas básicas para o “Lá da Favelinha”, na favela do Cafezal e outros projetos sociais. Para aumentar as doações, motivou os amigos a participarem do projeto, que tomou proporções bem significativas. Conseguiram muitas máscaras e álcool em gel, além de algumas toneladas de alimentos.

“Eu percebi a força que o ser humano tem em realizar algo, através desse projeto. E vou levar isso pra vida. Quando a gente acredita no propósito, as coisas fluem”, afirma Felipe.

Outra história, dessa vez contada pela Fabiana Bomcompagni, é da Lavyne Rocha, que é natural de Patos de Minas, mas mora em BH há 17 anos. Publicitária de formação, desde que saiu da faculdade, 10 anos atrás, a moda começou a chamar sua atenção e em 2017 Lavyne criou uma marca própria de lingeries: a LAV. 

Antenada ao conceito de upcycling, para a transformação de produtos inúteis ou indesejados em novos materiais, ela confeccionará máscaras com sobras de tecido, mantendo o conceito da marca e com toda a arrecadação das vendas revertida em contribuição para duas comunidades indígenas, Pataxó Hâ-hã-hãe e Kramakã Graíra, próximas à capital mineira. 

“O uso das máscaras será obrigatório e permanecerá por muito tempo. Nesse sentido, tenho um público que gostará de adquirir as máscaras com a cara da LAV e, assim, podemos arrecadar recursos para comprar alimentos, material de limpeza e higiene, que é mais urgente e importante para essas comunidades nesse momento”, finaliza Lavyne

E, por fim, nos relatos da Luciana Moreira, destacamos a inovação da Polícia Militar de Minas Gerais, que criou o projeto musical “PM na laje”, uma iniciativa do centro de jornalismo policial em parceria com o centro de atividades musicais da PMMG e constitui um legado pós-pandemia, com apresentações musicais que servem como um acolhimento às pessoas, num momento em que o mundo inteiro sofre.

  

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