Eu me lembrava nessa semana das primeiras conversas que tive com os representantes do comércio e das escolas, em março de 2020, quando alertávamos para o fato de que todos devíamos nos preparar para um longo período de restrições. Desde então, muito aconteceu e, de forma mais ou menos intensa, mais racional em alguns casos e sem nenhum critério em outros, vimos passando por restrições seríssimas à circulação de pessoas, à retomada das aulas e ao funcionamento do comércio e dos serviços.

Foi por essa razão que, ainda em maio, o Governo do Estado lançou o Minas Consciente, um programa de retomada responsável e gradual das atividades econômicas, que vem garantindo não apenas a manutenção dos melhores números do país no combate à pandemia dentre todos os estados do Sul e Sudeste, mas garantiu também que Minas fosse um dos estados com a menor perda de postos de trabalho e menor redução do PIB, apesar dos excessos cometidos em alguns municípios.

Passando agora por uma nova reformu-lação, que se alinha no tempo com a chegada de uma nova etapa do combate à pandemia, a indicação das equipes técnicas é que sejam abandonadas as restrições de funcionamento por atividade, passando a ser adotadas restrições por circulação. Ou seja: todas as atividades podem funcionar, mas menos pessoas devem estar circulando em todos esses espaços, com procedimentos severos de controle sanitário.

Isso vai permitir que 79 mil empresas que não puderam funcionar durante as ondas vermelhas possam agora retomar suas atividades, trazendo mais de 300 mil pessoas de volta para o trabalho, mas ainda assim diminuindo em quase 100 mil pessoas a circulação diária nas cidades.
Planejamento e trabalho, sempre nessa ordem, como eu gosto de repetir.
Estamos ainda longe do fim da pandemia e essa guerra ainda não foi vencida, mas evoluir com segurança é a prova de que estamos avançando na direção certa.

Torço para que mais municípios se sensibilizem pela necessidade de adotar programas baseados em ciência e não em pesquisa de opinião. Como todos sabem, a adesão ao programa, até por decisão do STF, é facultativa a cada município, mas temos convicção de que outros se somarão às centenas de cidades que já seguem, desde o início, o Minas Consciente.