Tem coisa acontecendo por aí

01/09/2017 às 19:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:22

A maior dificuldade para o poder público, em tempos de crise, é conseguir se organizar para sair dela. É que para todos os planos, o principal insumo é dinheiro – e, em épocas de crise, é exatamente dinheiro que deixa de circular pela economia.

Estive em São Paulo, na última semana, acompanhado dos vereadores Irlan Melo e Doorgal Andrada, da Frente de Ideias, para conhecer um pouco sobre a experiência em andamento na maior cidade do país e que tenta contornar o momento de crise. Por lá, estive com a vereadora Janaína Lima, no dia da votação da concessão do Estádio do Pacaembu, e tive reunião com o prefeito João Doria, para ouvir sobre os projetos de desestatização e outras iniciativas que tentam soluções criativas para problemas que, de outra forma, demandariam recursos que não estão disponíveis.

Como dois secretários municipais de São Paulo são filiados ao NOVO – Wilson Poit, da Desestatização, e Filipe Sabará, da Assistência Social –, minha prioridade foi focar nessas áreas em que as ideias de soluções mais eficientes e que valorizam o indivíduo ao invés do Estado vêm sendo implementadas com sucesso, pois já conhecia algumas das iniciativas.

O projeto que mais me animou, em termos de assistência social, foi o de empregabilidade e renda para população de rua, que já garantiu a reinserção de mais de 1.300 ex-moradores de rua em vagas formais de emprego, provando que dignidade não se conquista com bolsa, mas com trabalho. Como é uma área historicamente dominada pela esquerda que se considera detentora do monopólio das soluções para a pobreza, fico muito estimulado em perceber como a valorização da capacidade de produção e trabalho dessas pessoas é capaz de melhores resultados do que políticas assistencialistas eventuais.

Na desestatização, pude conhecer mais sobre projetos que passam por um extenso programa de concessões, PPP e privatizações, que podem não apenas significar uma arrecadação imediata de recursos, mas garantir serviços de melhor qualidade, diminuindo o peso da estrutura municipal para que possa se focar os esforços orçamentários no que realmente importa: educação, saúde e segurança.

Tivemos oportunidade de dividir, tanto na Câmara como na Prefeitura, algumas das experiências de BH, que foram recebidas e discutidas com a compreensão de que os problemas enfrentados pelas complexascapitais do país não são tão distantes. E, portanto, acreditar que as soluções serão muito diferentes é apenas apegar-se a um desnecessário desperdício de energia. Momento de reflexão para alguns políticos brasileiros: resolver os problemas deveria ser mais importante do que discutir quem tem razão!

  

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