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Tempos extremos e medidas extremas

Publicado em 19/03/2021 às 19:38.Atualizado em 05/12/2021 às 04:27.

Não opino em questões técnicas de outras áreas. Não significa que eu não tenha opinião, mas apenas que não me parece adequado opinar em temas que domino menos que o “tomador de decisões”. Dito isso, tenho de confessar que sempre me incomodei com o conceito de fechamentos totais durante a pandemia. Por isso sempre me tranquilizou a decisão dos nossos técnicos, em Minas, no sentido de que o fechamento completo não seria necessário, salvo em situação de risco de colapso do sistema de saúde, com comprometimento da capacidade de atender aos pacientes.

Foi infelizmente isso que começamos a ver nos últimos dias e, exatamente por isso, é que esse mesmo comitê técnico recomendou a adoção da onda roxa. Os motivos para termos chegado a esse ponto são variados, desde a chegada de novas cepas, mais contagiosas, até o relaxamento das medidas de isolamento e proteção individual pela população que está, diga-se de passagem, exausta das restrições como um todo.

Nesse momento, em que os técnicos perceberam que o sistema de saúde poderia colapsar, a medida possível era a restrição temporária da circulação de pessoas, de forma a reduzir o contágio de forma brusca e, com ele, a demanda hospitalar. Os médicos que assistem o governo explicaram inúmeras vezes: não é uma forma de conter a pandemia – é uma forma de recuperar a capacidade assistencial.

A previsão é de voltarmos para a onda vermelha em 15 dias após o início das restrições e, com isso, todas as atividades voltam a funcionar, com regras rigorosas de proteção e distanciamento. 

O vírus só será contido com a vacinação, que o Governo de Minas continua priorizando, já tendo feito pedido de compra de mais de 20 milhões de doses. Infelizmente, essas vacinas não estão ainda disponíveis. As que já recebemos vêm sendo direcionadas ao grupo prioritário e, se as previsões se confirmarem, até maio teremos todos os idosos e portadores de quadros de saúde graves vacinados. Será um primeiro alívio, pois são eles os que mais correm risco e, por isso mesmo, que mais demandam apoio hospitalar.

O Governo de Minas já dobrou o número de UTI no estado, desde o início da pandemia, garantiu medicamento para todos os tratamentos e criou o mais completo programa de retomada econômica do país, que, fora da onda roxa, permite o funcionamento de todas as atividades, mas com segurança.

Agora temos de fazer a nossa parte: cuidado, respeito e consciência são as nossas armas nessa guerra.

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