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Guilherme da CunhaAdvogado pós-graduado em Direito Tributário e deputado estadual, coordenador da Frente Parlamentar pela Desburocratização

Política é diálogo

Publicado em 06/12/2019 às 19:24.Atualizado em 21/11/2022 às 19:09.

Na semana passada, a Assembleia de Minas aprovou o excelente projeto do governador Romeu Zema que possibilitará colocar salários em dia e pagar o 13º dos servidores. É uma conquista e um marco no caminho que Minas está trilhando desde o início do ano para voltar a honrar seus compromissos e a crescer. Já falamos sobre o projeto em outro artigo, e você pode ler aqui: bit.ly/PLdo13º.

O texto final foi resultado de muito diálogo e de uma boa dose de concessões por todos os envolvidos. É um texto diferente do que chegou à ALMG, em várias partes, é um texto melhor, e, em outras, pior. De certa forma, não é o texto dos sonhos de ninguém, mas é um texto bom para todos e marca um gigantesco avanço para o Estado. Não à toa foi aprovado por unanimidade.

Nos debates que levaram à formação do texto final houve momentos tensos. Durante a discussão do parecer da Comissão de Minas e Energia, da qual faço parte, tentei fazer um último aprimoramento do texto apresentando emenda, e essa tentativa foi mal recebida por alguns colegas. Segundo o relator, o texto que ele estava apresentando era resultado de um combinado com vários outros deputados e até mesmo com o governo, e todos haviam cedido em alguns pontos para chegar àquela redação. Na minha ótica, o texto apresentava uma imperfeição e ainda havia tempo para melhorar. Penso que ambos tínhamos um pedaço da razão.

Palavras duras foram ditas, com o relator me acusando na própria reunião de estar sendo leviano, e dizendo na imprensa que eu estava fazendo uma molecagem.

Doeu, é claro. Gerou em mim uma sensação de injustiça, é claro. Deu vontade de ir para a guerra contra ele, é claro. Não fizemos nada disso. Em lugar disso, dialogamos no dia seguinte, buscamos entender o ponto de vista um do outro, acertamos nossas diferenças e saímos com a certeza de que ambos estavam de boa-fé e lutando pelo que achavam ser o melhor para Minas. Ambos votamos favoravelmente ao texto final.

Sinto que hoje estamos mais próximos e mais em sintonia que antes do triste episódio. Ficou para mim o orgulho de lutar até o fim pelo que considerava o melhor e também o aprendizado de saber perder um pouco para Minas ganhar muito.

Acima de tudo, ficou a certeza de que política é diálogo e que divergência se resolve com boa conversa, nunca com agressão ou ignorância, como tristemente vimos acontecer na Assembleia paulista, que no mesmo dia protagonizou cenas de pancadaria e teve até mordida de um parlamentar em outro. Que eles possam aproveitar não apenas nossos fantásticos queijos e cafés, mas também nosso exemplo de tolerância e compreensão mútua.

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