É oficial, estamos em 2022. Mais um ano para a conta de nossas caminhadas no planeta Terra, em nossos respectivos países, estados, municípios e bairros. Cada um com sua jornada, todos com um objetivo em comum: viver, e viver bem.

Indo na contramão do imaginário coletivo e das tradicionais expectativas de ano novo, que pregam a ideia de recomeço e mudança de capítulo, creio que não se trata de um “restart”, tendo em vista que a vida é uma só, até onde a gente se lembre; logo, é uma linha contínua, sem hiatos. É um fluxo constante de nossas experiências, aprendizados e escolhas.

Não há espaço ou tempo para a autocobrança demasiada ou para duvidar de sua própria capacidade, a vida é muito curta. Hoje é o terceiro dia desse ano que há pouco se iniciou, e sem nem percebermos, em um piscar de olhos, logo será o 365º dia do ano, mais uma vez.

Sinto-me privilegiado em dizer que como deputado estadual, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, vice-presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa, professor e entusiasta da arte e da filantropia, conheci a realidade de muitos municípios de Minas, inúmeras histórias, dores, alegrias e pessoas. E em cada pessoa que conheci, pude ver e me emocionar ao perceber que a chave para um mundo melhor, com melhores condições de vida e mais recursos para quem mais precisa, não está no exterior, como um elo perdido, mas está dentro de nós mesmos, e exteriorizamos essa resposta quando praticamos o amor, a caridade, a honestidade e a fraternidade.

A pergunta que fica é: como colocar tudo isso em prática? Dando o nosso melhor no exercício da nossa cidadania e da nossa profissão, tendo em mente que o nosso trabalho vai beneficiar alguém. Tratando com amor a nossa família, afinal, ela é uma só, estendendo a mão àqueles que se encontram caídos, lembrando-nos de que um dia pode ser a gente, e deixando uma marca positiva nos lugares nos quais a vida nos colocar.

O que vem pela frente? Não sabemos. A vida é um mistério, tudo que podemos ver é o primeiro degrau, e ter fé que um dia chegaremos a um lugar do qual teremos orgulho em dizer: eu cheguei até aqui. E sempre agradecer, porque a vida é dádiva, uma trajetória na qual podemos somar inúmeros aprendizados. Portanto, ano novo não é vida nova, a vida é uma só e graças a Deus por isso.