A partir de hoje, segunda-feira, 11 de janeiro de 2021, Belo Horizonte está novamente com o comércio fechado como medida para conter a propagação do novo coronavírus. O Comitê de Enfrentamento da Covid-19 na capital decidiu que apenas serviços essenciais poderão funcionar. Essa é a terceira vez, desde o início da pandemia que o prefeito Alexandre Kalil decide “fechar a cidade”, expressão usada por ele.
Vale uma retrospectiva das medidas adotadas pela prefeitura, desde que Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia, em março do ano passado. No dia 20 de março, o prefeito Kalil determinou o funcionamento apenas de serviços essenciais. Gradativamente houve flexibilização com abertura dos estabelecimentos, mas no dia 29 de junho, o prefeito optou por voltar com a restrição. Belo Horizonte foi a primeira capital do Brasil a fechar o comércio, e também se destacou como a cidade com a maior quarentena do mundo, foram mais de 130 dias fechada.
Eu priorizo a vida e defendo que sim, são necessários sacrifícios para proteger a população. Tudo é muito novo, estamos vivendo uma pandemia sem precedentes e precisamos nos adaptar a uma nova realidade imposta. Mas pela terceira vez, a decisão da prefeitura da capital se repete: fechamento do comércio.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, o setor de comércio e serviços representa 72% do PIB do município. Isso corresponde a 88,4% da atividade econômica da capital e geração de mais de um milhão de empregos.
O Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) divulgou pesquisa mostrando que 90% do comércio teve resultado negativo no ano de 2020, justamente em consequência dos reflexos da pandemia.
A decisão da prefeitura de novamente impedir o funcionamento de grande parte das empresas do comércio, serviços e bares e restaurantes pode acarretar no fim de inúmeros empregos, empreendimentos fechados, queda na arrecadação, entre outros prejuízos. Para tentar equilibrar as contas e ter um fôlego, os empresários reivindicaram a isenção do IPTU para o período em que estavam fechados, mas a prefeitura apenas prorrogou o vencimento das parcelas de abril a dezembro do IPTU 2020.
Eu fiz uma breve enquete nas minhas redes sociais e as pessoas se manifestaram a favor dos comerciantes e, assim como eu, defendem mais investimento para a abertura de leitos e contratação de profissionais. O inverso do que a prefeitura de BH tem feito.
É importantíssimo destacar que essa é uma luta de todos. Cabe a cada um de nós fazer a nossa parte: usar máscaras, redobrar a higiene com a lavagem das mãos, uso do álcool em gel, além de respeitar o distanciamento social. É preciso responsabilidade coletiva para cuidar de nós mesmos, proteger os nossos familiares e todos à nossa volta. Precisamos nos unir para superarmos juntos essa grave doença.