Os jogos paralímpicos chegaram ao fim, e deixaram em nós os sentimentos de alegria e orgulho. O encerramento das Paralimpíadas 2020 tão atípicas em função da Covid-19 representa não o fim, mas, sim, o começo de uma nova forma de ver as coisas, nos convidando a encarar os desafios e superá-los com otimismo e perseverança, assim como nossos atletas demonstraram tão bravamente em Tóquio.
Em uma Paralimpíada repleta de emoções, não restam dúvidas de que nossos atletas deixaram os nomes marcados em Tóquio, emocionando os brasileiros com histórias como a de Beth Gomes, a atleta mais experiente da delegação, que revelou dedicar sua primeira medalha paralímpica à sua mãe, que faleceu uma semana antes da competição.
É impressionante ver que nem esse impacto desafiador foi capaz de impedir Beth de correr atrás dos seus sonhos e principalmente de acreditar no próprio potencial, nos deixando uma lição valiosa e fazendo jus ao slogan oficial dos jogos paralímpicos 2020: unidos pela emoção.
Depois de treze dias em território japonês, o Brasil traz para casa não apenas as várias medalhas conquistadas, mas os nossos atletas retornam também com a certeza da esperança e um ar de alegria renovador, algo que tanto precisamos nestes tempos difíceis.
As Paralimpíadas terminam, e meu desejo é de que o preconceito e o capacitismo saiam de cena para dar lugar à inclusão e à representatividade não apenas dentro dos estádios. Porque, mais do que aplaudir as vitórias dos nossos atletas, devemos entender que nem tudo são flores e que é necessário muita dedicação e esforço para que um atleta com deficiência chegue a competir nos jogos paralímpicos.
Eles são desafiados desde o início da trajetória, tendo que lidar com a subestimação do próprio potencial, driblar o capacitismo e arremessar suas âncoras em um futuro a longo prazo, mas que requer esforço e garra diariamente.
Parabenizo mais uma vez toda a equipe Butija Tênnis, que realiza um trabalho tão maravilhoso que abriu portas para que três de seus atletas fossem delegados para participar dos jogos paralímpicos em Tóquio, no tênis em cadeira de rodas.
Cumprimento todos os vinte atletas de Minas Gerais que representaram brilhantemente o nosso Estado e nos emocionaram e nos encheram de orgulho.
Ontem um ciclo se encerrou, mas apenas para dar início a uma nova etapa de esforço, sonhos e resiliência, afinal, 2024, como dizemos em Minas, está logo ali.