Com o advento da tecnologia vimos mudar a maneira com a qual nos comunicamos. De um lado, todo o avanço e praticidade dos novos veículos de informação. Do outro lado da moeda vimos surgir perigos cibernéticos; ameaças e armadilhas oriundas de indivíduos mal intencionados. Como isso afeta a nova geração, que já nasceu na era em que as redes sociais imperam? Quais impactos a comunicação no mundo virtual pode causar no mundo real? E onde a política entra no meio de tudo isso?

Juntamente ao conceito de que a comunicação se dá apenas através do rádio, da televisão e do jornal, a ideia de que política é coisa de gente velha também ficou para trás. Cada vez mais podemos ver jovens assumindo cargos públicos e se engajando no meio político, e aqui as redes sociais desempenham um papel fundamental, uma vez que aproximam os jovens de debates que envolvem o coletivo do qual fazem parte, estimulando e amadurecendo o “pensar fora da caixinha”.

Redes sociais como Instagram, Twitter e Facebook conseguem comunicar temas muitas vezes complexos com leveza e simplicidade, adequando a política à linguagem dos jovens, tornando-a mais interessante aos olhos da nova geração. O linguajar culto tem hora e lugar, e talvez se valer dessa estratégia no momento de falar com um público que majoritariamente não possui um arcabouço extenso da norma culta da língua e de termos técnicos não seja o melhor “approaching”.

Além de promover um contato mais amistoso dos jovens com a política e estimular a cidadania ativa, aquela em que o cidadão se entende como parte do processo, as redes sociais promovem a democratização de informações importantes que podem fazer toda a diferença na vida não apenas dos jovens, e sim de toda a população.

Mas como na vida real, no mundo cibernético nem tudo são rosas. As plataformas digitais oferecem grandes riscos aos seus usuários, desde roubo de informações até o contato com informações mentirosas que visam induzir as pessoas ao erro e à desinformação, facilitando assim a polarização política que é seguida de ódio e discriminação. Daí nasce a indispensabilidade de se tomar cuidado com informações soltas pela internet, e sempre observar se estas são provenientes de fontes confiáveis.

Pessoas bem informadas votam conscientes, isso é um fato. Na medida em que tornarmos a internet um lugar seguro, mais proveito iremos tirar de tudo de bom que esta tem para oferecer, reduzindo o tráfego de “fake news” e sendo agentes da informação correta. O que terá impacto positivo sobre nosso governo, nossos futuros governantes e o bom convívio da nossa sociedade.