Lucas GonzalezLucas Gonzalez é Deputado Federal, Empresário, Palestrante e Diretor Institucional da Transpes SA.

O ano no Legislativo

29/12/2021 às 22:51.
Atualizado em 04/01/2022 às 00:16

Os noticiários não mostram, mas diariamente travamos batalhas pesadas para barrar projetos de lei que partem da premissa equivocada de que o Estado é o grande e único responsável por acabar com a miséria em nosso país. Para estes, a geração de emprego não está na simplificação do mercado, no fim das burocracias e na revisão da lei trabalhista. Definitivamente, melhorar o ambiente de negócios não faz parte dos objetivos daqueles que depositam no Estado toda a sua esperança.

Por razões como as supracitadas, perdemos, nesse ano, a oportunidade de garantir aos jovens condições mais competitivas de ingresso no mercado de trabalho. Apesar do apoio da Câmara, o Senado Federal, pela segunda vez, derrubou duas medidas provisórias que estimulavam a contratação de jovens ainda sem experiência. Esse grupo, hoje, é um dos grandes afetados pelo desemprego no país. O índice de jovens entre 18 a 24 anos, nessas condições, no final do ano passado, atingiu o patamar de 29,8%.

Entretanto, apesar de todos esses entraves, ainda assim, o país caminhou. Até setembro de 2021, o Brasil havia gerado 2,5 milhões de novos postos de trabalho. Estou convicto de que a aprovação das grandes reformas propiciará um ambiente pronto para o desenvolvimento de novos negócios e para o recebimento de investimentos externos, o que, indiscutivelmente, contribuirá para geração de novos empregos.

A chave para que o Brasil reduza significativamente o número de famílias na miséria – majorado pelos reflexos da pandemia - está justamente na geração de emprego e renda. O redesenho das políticas assistenciais é, certamente, processo imprescindível para garantir ascensão social e econômica dos mais vulneráveis, mas não é o suficiente. O indivíduo é o protagonista, e não o governo ou os políticos. Por isso, o carro chefe do crescimento é o emprego.

Para 2022, continuarei o trabalho incessante pela aprovação, em plenário, da reforma administrativa, matéria na qual me debrucei com bastante afinco. Como membro da Comissão Especial da PEC 32/2020, participei de longos debates, conversas e negociações para que chegássemos à aprovação por 28 a 18. Uma vitória incalculável, em um país em que muitos ainda militam por um Estado cada vez mais inchado.

Infelizmente, 2021 foi negativamente marcado por uma série de arbitrariedades. Decisões afrontosas colocaram em xeque o cumprimento do Estado Democrático de Direito, fundamento da nossa Carta Magna. Retrocesso que nossas instituições não podem tolerar. A liberdade faz parte da nossa essência e reflete a natureza Daquele que nos criou.

Encerro 2021, certo de que, por mais complexos que sejam os desafios, somos maiores, e mais fortes do que eles. Que 2022 seja um ano de superação, perseverança e crescimento.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por