Lucas GonzalezLucas Gonzalez é Deputado Federal, Empresário, Palestrante e Diretor Institucional da Transpes SA.

O mundo clama: guerra não!

Publicado em 10/03/2022 às 06:00.

Vermos, em pleno século XXI, o mundo exposto aos exageros sem precedentes no mundo contemporâneo, de um autocrata sem limites, bom senso e quaisquer dignidades diplomáticas nos faz pensar sobre o quão desprotegido o planeta está, quando a união dos demais países não fala na altura necessária e não impacta na medida devida.

Sanções econômicas, ações restritivas e exclusões simbólicas de jogos esportivos podem soar como “isolamento”, mas quando falamos de guerra, gestos como a tomada da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudoeste da Ucrânia – a maior da Europa, diga-se de passagem, é algo muito mais alarmante e prático, uma vez que o seu poder de radiação chega a ser dez vezes maior que o de Chernobyl, também controlada pela Rússia nos primeiros dias da investida em solo ucraniano.

Enquanto o Ocidente busca sufocar a economia dos russos, estes seguem firmes um plano que não aparenta possuir lacunas de competência; ao contrário, o que vemos é um bombardeio que não diferencia bases militares de hospitais, creches, parques infantis e escolas, o que por si só já fere todos os Direitos Internacionais.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, cada vez mais suas tropas invasoras têm atacado localidades civis com bombardeios aéreos e artilharia. A ONG Anistia Internacional registra "ataques indiscriminados". Coloca-se a questão de se estariam sendo cometidos crimes de guerra.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu como crimes de guerra os lançamentos de mísseis russos contra áreas civis. Um dos mais marcantes foi quando a Praça da Liberdade, da cidade de Kharkiv, sofreu bombardeiros aéreos.

A agilidade na apuração do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, é fundamental, pois as provas podem se deteriorar ou desaparecer. É muito difícil os promotores investigarem com êxito possíveis crimes de guerra após o fato, quando uma das partes do conflito possa ter adulterado provas ou as testemunhas não estejam mais disponíveis.

Fato é que entre reuniões de comitivas representativas das duas nações envolvidas na invasão russa, e ligações de Chefes de Estado pertencentes à OTAN e à União Europeia, o principal objetivo em jogo não está sendo cumprido: as bombas, os foguetes, os tanques e os mísseis russos continuam a avançar.

Na guerra, conhecemos os heróis e os covardes. É tempo de surgirem os heróis, antes que o avanço e o estrago russo sejam irreversíveis. Os ucranianos são nossos irmãos e merecem o devido suporte bélico, para que não sofram sem condições de contraporem a investida dura e sangrenta que recebem, incessantemente, no presente momento. É preciso o mundo dar o recado: quem buscar o enfrentamento militar, isoladamente e em pleno século XXI, será freado pela grandeza da união das outras nações. Precisamos dar esta demonstração – e precisamos com urgência.

Lucas Gonzalez é deputado federal pelo Novo/MG

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