Ufa! Como o tempo passa rápido! Parece que foi ontem que estávamos nos preparativos de Natal e Réveillon. Agora, janeiro já está se despedindo. Lembro-me que na primeira coluna do ano falei sobre o potencial turístico de Minas Gerais que, entre 2020 e 2021, foi considerado o segundo lugar mais procurado por turistas no Brasil e o quinto com o maior gasto total em rotas no país. E olha que esses números auspiciosos retratam um período onde a pandemia ainda não estava sob controle.
Com a proximidade do término de janeiro, reconhecidamente um período de lazer, volto a falar sobre o turismo, só que em Belo Horizonte. Ainda não tenho dados oficiais como referência, apenas a minha percepção de empresário sobre como foram as movimentações na cidade.
Começo destacando as intensas chuvas que atingiram BH. Até o último dia 21, a cidade já superava a marca de 130% do volume de precipitações previsto para todo o mês, conforme balanço da Defesa Civil. Essa condição climática em um período que, originalmente, deveria ser de altas temperaturas e muito sol, é claro, afetou alguns setores da economia: casas noturnas e bares com mesa na calçada amargaram um movimento bem abaixo do esperado.
Em contrapartida, restaurantes e estabelecimentos ligados a turismo, como cinemas e museus, obtiveram um resultado mais positivo, já que impossibilitadas de irem a clubes e cachoeiras, a tendência das pessoas foi procurar locais fechados onde pudessem se divertir.
É claro que um fenômeno atípico, como a alta ocorrência de chuvas, é meramente pontual e não coloca em xeque a nossa capacidade turística. Prova disso é que, em 2022, Belo Horizonte se destacou no circuito de grandes eventos culturais e de entretenimento, que atraem visitantes de todo o Estado e de outras regiões do país.
Só para se ter uma ideia, a ocupação hoteleira refletiu essa movimentação e atingiu, em novembro do ano passado, 65,63% de média mensal, com uma receita média por quarto (REVpar) de R$ 178,40, números melhores do que no período pré-pandemia, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG).
Em 2022, de janeiro a outubro, foram registrados ainda R$ 59,9 milhões recolhidos somente em impostos sobre serviços (ISS) relacionados às atividades parcialmente e tipicamente turísticas.
Seja com festivais de música, como Sarará e Planeta Brasil, ou de eventos corporativos, como FIRE Festival e a Exposibram, o pós-pandemia tem deixado as agendas dos principais espaços de eventos da cidade, como Mineirão e Expominas, lotadas há meses. E agora, com a proximidade do Carnaval, temos a expectativa de novos recordes.
É assim, com uma BH cada vez mais pujante, que pretendemos seguir. Afinal, as cidades foram feitas para serem ocupadas. Cidades foram feitas para serem vivas!