O último trimestre do ano será, definitivamente, bastante promissor para o comércio. Com um calendário marcado por Copa do Mundo, Black Friday, pagamento do 13º salário, Natal e Ano Novo (tudo isso, diga-se de passagem, em um cenário de arrefecimento da pandemia), a expectativa é a de que essa sucessão de datas movimente o mercado e coloque o dinheiro para circular.
A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), por exemplo, calcula que as vendas devem aumentar cerca de 10% em relação ao mesmo período de 2021. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também está otimista. A entidade acredita que as medidas de estímulo à renda, a redução das alíquotas de impostos e a queda da taxa de desemprego (que no trimestre encerrado em julho caiu para 9,1%, menor patamar desde dezembro de 2015, segundo o consenso Refinitiv), podem corroborar para um maior volume de compradores nos centros comerciais.
Assim como nossos colegas do comércio e da indústria, nós, do setor de bares e restaurantes, estamos com as melhores expectativas possíveis, principalmente porque, como todos já sabem, sobrevivemos, mesmo que ainda combalidos, a dois anos avassaladores de pandemia. Um deles, aliás, castigados com uma amarga Lei Seca justamente em dezembro, período marcado pelas confraternizações.
Agora, esperamos, inclusive, aumentar em 30% o nosso quadro de funcionários ao longo destes últimos três meses, devido ao crescimento natural da demanda pelas festas de confraternização.
Quanto à Copa do Mundo, porém, ainda é cedo para batermos o martelo sobre números de crescimento decorrentes do famoso evento esportivo, principalmente porque não temos parâmetros comparativos com outras edições do torneio realizadas em novembro/dezembro - essa é a primeira vez que o Mundial da Fifa acontece no final de ano, ou seja, trata-se de algo novo.
Mas mesmo diante da novidade, penso que toda a demanda reprimida da pandemia, seja por viagens, festas e/ou compras, será responsável por um final de ano como há muito não víamos em nossa economia. E nem é preciso ser matemático ou economista para chegar a essa conclusão.
E detalhe: mal teremos tempo de respirar após a ceia de Natal e as festas de Réveillon. Em janeiro já começam os preparativos para o Carnaval de fevereiro, que promete, certamente, ser o maior que nossa cidade e o Brasil já tiveram.
Em resumo: feliz coincidência o fato de a Copa ser à la Jingle Bells. Vai ver, Deus realmente é brasileiro. Só falta agora o hexa para que não restem dúvidas quanto a isso!