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Ricardo RodriguesConselheiro da Abrasel-MG, Diretor do restaurante Maria das Tranças e da Cruz Vermelha, Mentor, Palestrante e Consultor Sebrae

Gastronomia é vida

Publicado em 20/01/2023 às 06:00.

Assim como todo brasileiro merece, essa semana tirei um tempo em off, de férias com minha família. Começamos nosso período de descanso pelo Rio de Janeiro, onde passamos duas noites em um dos bairros mais boêmios e tradicionais da Cidade Maravilhosa, a Lapa, reduto do autêntico samba brasileiro e de bares famosos, que acolhem os mais variados públicos.

De lá embarcamos em um Cruzeiro para Montevidéu. Na capital do Uruguai, visitamos outra região bastante boêmia, nas imediações das avenidas Maldonado com rua Jackson. O mesmo aconteceu em nossa breve passagem por Buenos Aires (Argentina). Em alguns vilarejos históricos da cidade, onde faleceu Evita Perón, essa efervescência gastronômica foi igualmente percebida.

Comecei o texto de hoje com essa rápida volta por polos conhecidos da América Latina justamente para reforçar que Belo Horizonte não perde em nada (absolutamente nada) para essas cidades. Aqui, como todos sabemos, também temos muitas vias gastronômicas, notadas por serem redutos não só de bares e restaurantes como também expoentes da saborosa culinária mineira.

Destaco, por exemplo, os corredores da rua Alberto Cintra, no bairro União, e da avenida Fleming, no Ouro Preto, que, aliás, surgiram de forma curiosa: especula-se que a movimentação nos bares dessas famosas vias cresceu devido às blitze realizadas pela Lei Seca em regiões já badaladas como Lourdes e Savassi.  

A intensa fiscalização despertou a necessidade de se pensar em novos points para facilitar o deslocamento dos clientes, de modo que estes não precisassem dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas. A maior parte dos frequentadores desses lugares, por sinal, são moradores de áreas próximas. 

Outro exemplo de via que, desde 2012, transformou-se de região degradada para passarela gastronômica/cultural de Belo Horizonte, recebendo as mais diversas tribos, foi a Sapucaí, no bairro Floresta. Há, inclusive, um projeto da prefeitura que pretende fechar os três primeiros quarteirões da rua para o trânsito de veículos, além de instalar área de permanência, mobiliário urbano, arborização, paisagismo e quiosques comerciais com banheiro público. Tudo isso para tornar o espaço mais agradável e seguro para quem frequenta o local bem como valorizar os bens culturais e paisagísticos da cidade.

Esses cases de sucesso só me fazem acreditar ainda mais na importância de bares e restaurantes para o turismo da cidade. Fazemos parte de uma atividade econômica fundamental para tornar as ruas mais vivas e as cidades mais seguras. Portanto, meus caros, por trás de um simples brinde no boteco ou da mesa cheia de amigos, existem benefícios intangíveis e imensuráveis. 

Gastronomia é vida!!!

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