Apesar desta coluna ser dedicada a assuntos da cozinha e gastronomia mineira, é inevitável não falarmos de política, afinal, como já bem disse Aristóteles, um dos maiores filósofos gregos da história, o homem é um animal político, um sujeito social que, por natureza, precisa pertencer a uma coletividade. Nesse sentido, somos, portanto, comunitários, gregários, sociais e solidários. E, como temos o dom da linguagem, somos também capazes de pensar e realizar o bem comum.

Nos próximos 45 dias, a política vai ganhar contornos ainda mais consistentes, já que no início de outubro iremos às urnas para a famosa "festa da democracia brasileira", ocasião onde escolheremos os novos chefes do Executivo e Legislativo, que irão comandar as instâncias de Poder no Brasil pelos próximos quatro anos. 

Longe de todos os clichês, acredito fielmente que o período que agora começa é marcado pelo momento em que atingimos o auge da prática cidadã. Isso porque o voto é, talvez, nossa única esperança na construção de um futuro mais digno e sempre melhor do que o que vivemos hoje.

Dito isso, peço extrema atenção a você que irá votar no próximo dia 2 de outubro. Esteja atento às propostas dos candidatos, sejam eles quais forem, e olhe com desconfiança para aqueles que prometem o céu na terra e usam frases feitas do tipo "vou fazer pela segurança, pela saúde, educação e gerar empregos".

Um único político não consegue levantar inúmeras bandeiras, tampouco atender as necessidades da população em todas as áreas. Só isso já coloca em xeque a credibilidade de frases estapafúrdias como a que usei no exemplo acima.

E uma dica preciosa: fique principalmente atento às propostas daqueles cujos planos de governo interferem diretamente em sua área de atuação. No segmento de alimentação fora do lar, por exemplo, temos muitas boas intenções. Vale, nesse sentido, entender todos os impactos - positivos e negativos – das pautas com as quais um determinado partido ou sigla trabalha. Essa é uma tarefa, no mínimo, obrigatória e necessária para qualquer eleitor consciente.

Por fim, deixo aqui uma frase que sempre costumo dizer nas reuniões com os nossos recém-eleitos vereadores. Ela serve também para os novos representantes que vencerão o pleito de logo mais: se suas propostas não atrapalham, emperram ou prejudicam o setor produtivo do país, saiba que você já nos ajuda muito, bastante por sinal.
 
É isso: transparência, justiça e objetividade sempre. Independentemente de quem ganhar, que possamos respeitar aquele que a população escolher, já que é esse o propósito de democracia.